Juros voltam a dois dígitos
O mercado já
esperava a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). A
taxa básica de juros, a Selic, volta
ao patamar de dois dígitos, o que não acontecia desde janeiro de 2012.
A alça dos juros
pelo BC se propõe a elevá-los em 0,5%,de 9,5% a 10,0% a.a. para combater a
inflação no ano eleitoral de 2014.
Entrementes, o
Governo tem outra estratégia. Aumentar o gasto, principalmente via desonerações
fiscais, para reativar a economia. No entanto, como mostra Miriam Leitão em sua
coluna, o dinheiro da renúncia fiscal (estimados $84 bilhões em 2014) não entra
no cofre do governo, nem parte dele é poupada para o pagamento dos juros da
dívida (superávit primário). Para onde ele vai?
Para a farra do consumo (empresas e famílias)!
Assim, a perda é
dupla: pressiona a inflação (farra do consumo) e coloca em xeque as contas
públicas (redução no pagamento do superávit primário).
O chabu da Reforma da Saúde de Obama
A displicência do
Presidente Barack Obama nas coisas simples – vide já citada no blog assertiva de Bill Clinton de que Obama faz mal
as coisas simples e fáceis enquanto acerta nas difíceis – ataca mais uma
vez, com as previsíveis perdas no apoio popular ao ACA (Lei da Assistência Custeável).
Agora
é a vez das pequenas empresas ! O site da Reforma Custeável de Saúde –
cujas incríveis falhas para o atendimento dos contribuintes que nele desejam
inscrever-se fez desabar o nível público de aprovação do Presidente – apresentou
tais dificuldades para o segmento das pequenas empresas, que a Casa Branca
optou por atrasar por um ano a sua implementação no setor.
Deixando a
implementação do site na internet da Reforma da Saúde aos
burocratas da Secretaria de Saúde, Obama
cometeu um duplo e estúpido erro: na terra de Silicon Valley transformou a
porta de entrada da reforma sanitária em ineficiente repartição pública; e
proporcionou de bandeja uma rara oportunidade para os detratores republicanos
do Obamacare, como se a principal
reforma do 44º presidente pudesse atolar-se nos pântanos da burocracia.
A explosão rubro-negra
me recorda a observação que ouvi de Adolpho Bloch, quando lhe perguntaram por que
descontinuara a Manchete Esportiva, talvez, no gênero, o melhor semanário
especializado:
como fazer, se a
Manchete Esportiva só se vendia quando o Flamengo ganhava?
Hoje o marketing funciona mais centrado
na cobertura televisiva. Ao contrário das publicações escritas, constrangidas a
tratar de fatos consumados, a tevê mora na esperança e os ibopes se sustentam
na incerteza dos noventa minutos.
Por outro
lado, os bi, tri e tetra campeonatos tiveram o antigo significado desvirtuado.
Na acepção antiga, bi ou tri era o time campeão por anos sucessivos e não no
espaço histórico. A nova designação é o reflexo do marketing: dá a impressão
daquilo que não é, pois vai catar no passado (longínquo ou não) os títulos
conquistados...
Aos 88 anos de
idade (nascera em 16 de maio de 1925), morre Nilton Santos, o maior lateral-esquerdo do século
(eleição da Fifa em 1998). Vários traços marcantes o distinguem como jogador e
craque: a enciclopédia do futebol atuou somente no Botafogo (17 anos).
Bicampeão mundial (1958 e 1962), foi reserva em 1950 e titular a partir de 1954.
Trouxe a
imaginação e a habilidade técnica para a lateral esquerda, de que se tornou
titular absoluto da seleção a partir de 1954. Ao contrário de o que esperavam
os técnicos, fazia gols também, como o fez em 1958 contra a Áustria.
Trabalhou
muito tempo como funcionário no velho Maracanã, a todos recebendo com a sua finura
e simpatia.
(Fonte: O
Globo )
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