Privatização do Galeão
A sensação
de abandono e desleixo que a passagem pelo aeroporto do Galeão causa no
viajante deverá permanecer até seis meses depois da Copa do Mundo, segundo manchete de O Globo.
Está
garantido, portanto, o vexame para os brasileiros e o desconforto para os
usuários de todas as nacionalidades, pela incompreensível inação do governo da
Presidenta.
Manter a
Infraero com toda a sua carga de
ineficiência em controle até então e mais tarde como presença minoritária será
incômoda recordação do contrapeso estatizante do PT.
Fica
então mais fácil de entender a manutenção da partilha partidária da
administração dos aeroportos, na contramão do conforto e do bom serviço para os
viajantes.
A
Polícia Federal apreendeu ontem quase meia tonelada de cocaína em helicóptero
da família do Senador Zezé Perrela
(PDT/MG) no Espírito Santo.
O piloto
– de que não foi dado nome nem sobrenome na notícia de O Globo – seria o responsável pelo crime, segundo declarou o
advogado Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay): “É um caso de
vítima de furto. O Gustavo (filho do Senador) teve a aeronave furtada pela
pessoa que tinha acesso às chaves para usar com finalidade de trabalho. O
piloto pegou o helicóptero sem
autorização e fez uso indevido, foi demitido por isso. Ele falou para o delegado que é responsável
por essa operação.”
Tratava-se
de pasta base de cocaína. A movimentação na propriedade rural onde o
helicóptero pousou estava sendo investigada pela polícia há vinte dias. A
atenção das autoridades aumentou quando se soube que a propriedade em tela fora
comprada em quantia duas vezes superior ao seu valor de mercado.
Planos Econômicos
A
inflação – e o descalabro financeiro de que temos abaixo notícia – assim como a
hiperinflação, que motivara os Planos
Bresser, Verão, Collor I e Collor II, continuam infelizmente bastante presentes no cenário
nacional
Segundo
noticiado, o Ministro Marco Aurélio Mello,
do Supremo Tribunal Federal, defendeu ontem
o adiamento para 2014 do início do julgamento pelo STF marcado para esta quarta-feira, 27 de
novembro, de ações movidas por investidores de cadernetas de poupança, as quais
questionam a constitucionalidade dos planos econômicos das décadas de oitenta e
noventa.
O
Ministro Mello concorda com a inoportunidade de o tema ser discutido em fim de
ano judiciário.
Em
correspondência encaminhada ao Supremo, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega e o Presidente do Banco
Central, Alexandre Tombini, ponderam
ao colegiado que o escopo é apresentar suas preocupações “em razão dos graves e
deletérios impactos que podem advir para as finanças públicas, o crédito e o
desempenho econômico do Brasil”. Endossam as ponderações um autêntico ‘quem é
quem’ da guarda das finanças e da economia brasileira naquele convulsionado
período da hiperinflação: ex-Ministros da Fazenda – Ciro Gomes, Gustavo Krause,
Pedro Malan e Ernane Gâlveas; ex-presidentes do BC Paulo Cesar Ximenes Alves
Ferreira, Gustavo Franco, Armínio Fraga, Carlos Langoni, Ibrahim Eris, Fernão
Carlos Botelho Bracher e Persio Arida. Também endossam as inquietudes do grupo
o próprio ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, Ministro da Fazenda de maio
de 1993 a março de 1994, e os ex-Ministros Luiz Carlos Bresser Pereira e
Maílson da Nóbrega.
Não se
lançarão foguetes nem fogos de artifício, mas novo patamar histórico é
alcançado pelo Governo de Dilma Rousseff, com a participação do Ministro Guido
Mantega.
A dívida
pública federal em títulos no mercado financeiro alcançou R$ 2,022 trilhões, que é
o maior patamar desde que o governo começou a registrar os dados em 2000.
Segundo
o Tesouro Nacional, as emissões de papéis superaram os resgates em R$ 15,2
bilhões no mês passado, com um incremento
no endividamento de 1,69%.
Deve-se
assinalar que não é a primeira vez que a marca dos dois trilhões foi rompida.
Há um ano isso já ocorrera. Como o viés
é o do aumento (da dívida), o ano deverá terminar, de acordo com os cálculos
governamentais, como uma dívida bruta
entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões.
Por outro
lado, em nove anos, a dívida pública dobrou de tamanho (em dezembro de 2004, já
sob Lula da Silva,e o endividamento em títulos federais ultrapassou a barreira
de um
trilhão de reais ! )
Reajuste de gasolina e diesel
Segundo
informa a Folha, a Presidenta
resiste a autorizar fórmula defendida pela Petrobrás,
de reajuste automático para gasolina e diesel.
São
notórios os problemas de caixa da Petrobrás,
daí os esforços de Graça Foster para marcar reunião com Dilma e Mantega, com vistas à rápida
solução na linha da fórmula avalizada pela diretoria da Petrobrás.
É a um
tempo interessante e preocupante que se volte a cogitar seriamente de gatilhos para enfrentar os déficits de
caixa da Petrobrás. A indexação
que é um típico companheiro de viagem da carestia – banida pelo Plano Real – volta ameaçadora, o que não
deixa de ser um retrato sem retoque da realidade econômico-financeira em que a
estabilidade de preços está bastante comprometida.
Com o
aumento da dívida pública, o ataque irresponsável à Lei da Responsabilidade
Fiscal (V. ajuda à prefeitura paulistana do companheiro Haddad e projetos correlatos no Congresso) o pífio superávit primário deste ano – e outros
desenvolvimentos que nos reserva o fechamento de contas de fim de ano, até dá para entender o temor de Dona Dilma.
Infelizmente, não se resolvem problemas na Economia com tampas em áreas
pressionadas. Pela porta de serviço, passam ‘soluções’ em que se busca maquiar
pressões de preços e similares. Enquanto não for restaurada a responsabilidade
fiscal e política, e varridos todos os jeitinhos que têm infestado a gestão econômico-financeira,
vamos continuar a arar o oceano, com as previsíveis consequências.
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