quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Luta contra a Pandemia ?

Provoca espécie que o Governo Bolsonaro não gaste recursos que foram aprovados para combater a Pandemia. Como noticia em primeira página a Folha assinala nesse sentido,que Consultoria de Orçamento da Câmara de Deputados lista pelo menos dez ações do Governo Bolsonaro que não progrediram, apesar da imediata abertura de créditos extraordinários, que foram liberados por Medidas Provisórias dentro do assim chamado Orçamento de Guerra. Por outro lado, o dispêndio mais expressivo e notório do período em tela é o chamado Auxílio Emergencial, que já soma R$ 275,4 bilhões. O emprego de tais recursos, distribuídos para cidadãos de baixa renda, mormente no Nordeste, tem contribuído para a substancial elevação da popularidade do Presidente Bolsonaro, junto as classes C e D do povo brasileiro. Tem a atual administração presente o cotejo com a Bolsa Família, que caracterizou o esforço da Administração petista quanto aos níveis de renda mais baixos da população. Em outras frentes, no entanto, o Executivo presidencial não tem conseguido usar os recursos destinados para mitigar os efeitos da emergência sanitária . Em maio último, por exemplo, a Presidência não conseguiu usar os recursos destinados para mitigar os efeitos da emergência sanitária que assola o nosso País. Nesse quadro específico, v.g., o Ministério da Saúde - que é dirigido, como se sabe, por um não médico, foi autorizado pelo Congresso a contratar cinco mil profissionais, a um custo de R$ 338,2 milhões. Sem embargo, apesar da situação emergencial do País em termos da incidência de Covid-19 o custo geral sequer chegou a perfazer R$ dezesseis milhões. Como se sabe, o Ministério da Saúde, cujas tribulações começaram com o afastamento por razões fúteis do Ministro Mandetta pelo Presidente Bolsonaro, ora se acha sob a direção de um membro das Forças Armadas. Nesse contexto, o Congresso Nacional convidou o Ministro Eduardo Pazuello, que é militar, para uma audiência... É de notar-se que apesar de seus esforços, valendo-se do bom senso esse profissional castrense,se tem empenhado em dirigir o Ministério da Saúde. Sem embargo, o presidente Bolsonaro não semelha muito disposto para auxiliá-lo nos seus esforços, chegando mesmo a cancelar uma iniciativa dentro do esquema de combate à pandemia do referido militar. Como a ação presidencial pareceu a muitos abrupta, cancelando operação aprovada pelo ministro Pazuello, o Presidente, sem voltar atrás ao parecer, foi à Secretaria da Saude para abraçar o seu antigo companheiro de armas, como se tal bastasse para colher de seu subordinado a satisfação com tratamento brusco, que anulara na prática a iniciativa decerto meritória de seu companheiro de Armas... (Fonte: Folha de S. Paulo )

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