sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Alta de casos de Covid no Rio, São Paulo e outras nove capitais

A pandemia dá sinal de no Brasil querer imitar a Europa. Como não dispomos de rede comparável de contenção, como se verificou na Itália (notadamente), todo o cuidado é pouco. Nove capitais têm registrado preocupante avanço no avanço da infecção por coronavirus, que poderia levar a uma segunda onda da pandemia em nosso país, segundo a Fiocruz. Desses centros urbanos, os mais ameaçados são oito no Norte e no Nordeste. Por enquanto, persiste a dúvida sobre o reacendimento dos fornos da doença, que são reativados pelas aglomerações, reaberturas abusivas de espetáculos e más condições nas conduções urbanas. Infelizmente, em Pindorama, a realidade no papel é uma, e naquela dos fatos e dos seguidos desrespeitos às posturas municipais, outra. Ainda não está certo que nos apressemos em imitar os maus exemplos estrangeiros - exemplar no capítulo a presteza e a energia mostrada pela autoridades italianas, que mostraram, com belo desempenho, o quanto aprenderam no que tange às lições ministradas pelos surtos em várias regiões, e notadamente na Lombardia. Por sua vez, o setor científico ainda não tem certeza sobre a eventual ocorrência de uma segunda onda no Brasil, sendo no entanto óbvio que é preciso combater o contágio através de uma postura apropriada e pró-ativa. Para a propagação, nada melhor do que a displicência do público, como já se comprovou em reuniões noturnas em travessas boêmias do Leblon (Rio de Janeiro). Sem embargo,os dados hospitalares no Rio de Janeiro não estão de forma a infundir muita confiança. Nesse sentido, a rede hospitalar carioca tinha a onze de novembro corrente 95% dos leitos de UTI ocupados. Por sua vez, nos hospitais privados o atendimento a pacientes de Covid-19 cresceu 40% nas emergências nas últimas semanas. Nesse contexto, São Paulo apresentou um saldo de cinquenta por cento nas suspeitas da Covid, desde agosto. Como se sabe, há uma ressurgência na Europa, e na França, com a chegada espectral da chamada segunda onda, 25% das mortes se devem ao coronavirus. No Brasil, como é de resto sabido, a irrupção de uma nova e séria onda de contágios e internações derivadas, não pode ser excluída, por mais que a desejemos mantê-la longe. Pergunto-me se providencias foram tomadas para conter a "importação" do vírus através de viagens aéreas da Europa e de outros lugares onde esse maléfico virus grasse. São providências usuais e mesmo comezinhas para a contenção do recebimento desses males. Prevenir é algo que desde a irrupção dessa epidemia no Brasil não foi adequadamente feito, sem dúvida em função da postura estranha do Presidente que se nega a interferir no combate ao virus, seja por considerar a eventual vacina como não-obrigatória, e "maricas" todos aqueles que tomem excessivos cuidados com o vírus. O mais engraçado no capítulo e que a despeito dos arreganhos e das posturas, o seu trabalho tem sido mais no campo do desestímulo e das tentativas de desmoralização, que, ao cabo, somados os tristes episódios produzidos surge um arremedo de tentativa de desmoralização de uma ação mais eficaz, denominados de "maricas" aqueles que se preocupam em combater o mal... O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, virou de repente colecionador de arrazoados de deputados que intentam acionar o mecanismo do impeachment no que tange ao governo de Jair Bolsonaro. Acho, pelo menos, estranha a postura do presidente Maia, porque o referido Bolsonaro tem de certo exagerado em diversos roteiros, que para muitos contribui para duvidar do bom juízo presidencial. Com um protetor como esse, e acumulando Sua Excelência motivos para que se duvide do bom juízo da mente presidencial, que me desculpem se reincido no ciceroneano "Até quando teremos de aguentar com todas as suas sandices e exacerbações ?"

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