domingo, 15 de dezembro de 2019

O Retrospecto do Judiciário


                             

    Não é muito animador o exame pelo CNJ - Conselho Nacional de Justiça -, que é o órgão do Judiciário encarregado de supervisionar o trabalho dos juízes de direito e cuja implantação correspondeu ao esforço do Ministro Nelson Jobin, para a criação de uma instância constitucional encarregada de fiscalizar o trabalho dos juízes.

      Com efeito, como se verifica pela reportagem do Estado de S. Paulo, a operação que levou à prisão preventiva da ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Maria do Socorro  Barreto Santiago, sob acusação de venda de sentenças, é um ponto fora da curva na história do Judiciário brasileiro.
       Em levantamento feito pelo jornal Estado de S. Paulo, com base em informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostra que, dos dezessete magistrados punidos pelo órgão entre 2007 e 2018, em casos de venda de decisões judiciais, apenas um foi julgado e alvo de uma condenação criminal.

       Há um outro caso, porém, que deixa de ser registrado pelas razões abaixo explicitadas.  Trata-se do ex-ministro do STJ, Paulo Geraldo de Oliveira Medina. Único integrante de corte superior a ser punido pelo CNJ desde a criação do Conselho, Medina foi acusado de vender por R$ 1 milhão uma sentença favorável à máfia dos caça-niqueis, em 2005.

       Em 2010 ele foi aposentado compulsoriamente pelo CNJ, mantendo os vencimentos de R$ 25 mil por mês.  O Supremo Tribunal Federal  chegou a abrir processos contra ele, mas eles foram paralisados depois que o advogado de Medina, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, alegou demência do magistrado.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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