segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Putin teria algo a ver com a baderna francesa ?


                    
          Gospodin Vladimir Putin, ora vejam só, está brincando de incendiário, logo ele que preside a uma férrea ditadura, fantasiada de democracia. O que se sabe por ora é o seguinte: 
empresas especializadas em detectar fake news descobriram que redes sociais controladas por russos estão incentivando os protestos dos chamados "coletes amarelos".
           Nesse sentido, a inteligência francesa investiga a possível interferência estrangeira, por meio de sites e contas que estariam espalhando rumores para agravar a crise, que entra na sua quinta semana.
            A Secretaria-Geral da Defesa Nacional coordena um levantamento dos serviços de inteligência sobre as contas mais ativas na promoção de imagens acerca dos protestos. Embora as autoridades francesas rejeitem a ideia de que o movimento esteja sendo orquestrado do exterior, há indícios, no entanto,  de que a crise esteja sendo usada por estrangeiros.
              Não seria decerto a primeira experiência de Putin em fomentar distúrbios, assim como intervir em pleitos estrangeiros, como teve a audácia de fazê-lo nos Estados Unidos, dado o seu ódio pelo que Hillary Clinton representa, assim como o próprio rancor contra a atuação da americana quando Secretária de Estado. Foi na verdade uma derrota americana a eleição do amigo Trump.
              No caso francês de Emmanuel Macron, no entanto, desbragada a mentira campeia. É assaz interessante que uma ditadura, mal-fantasiada de democracia, ataque com tanta audácia um país como a França, verdadeira pátria do sentir democrático. É mais do que tempo  que um regime autoritário como o de Putin, em que o candidato da oposição é figura perseguida, não por supostas inventadas negociatas, mas pelo perigo que a sua grande popularidade traz para a ditadura de pés de barro instaurada por gospodin Putin. Não foi decerto por acaso que Vladimir Putin assegurou um ulterior  longo mandato, fundado na trapaça e em pobres candidatos-fantasma, lançados sob medida para não ameaçar-lhe outra reeleição.
               Para que se inteirem melhor de quem é, na verdade, o indivíduo V. Putin, sugiro a leitura da análise séria e corajosa da professora americana Karen Dawisha, cujo título traduzo do inglês:"A Cleptocracia de Putin - Quem é proprietário da Russia ?", em volume publicado por Simon & Schuster, que adquiri através da Amazon.


Fontes: O Estado de S. Paulo;  o livro acima citado de Karen Dawisha.        

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