sábado, 15 de dezembro de 2018

A magna crise na Venezuela


                                 
        Segundo noticia o Estado, deverá dobrar o número de venezuelanos em nosso país. Estima-se, assim, que no ano próximo, os imigrantes desse país passarão a 190 mil pessoas.
           Dadas as condições em que esse fluxo humano se vem realizando, as Nações Unidas temem  que os venezuelanos enfrentem  fome, falta de abrigo e violência. Nesse sentido, dadas as condições prevalentes em Roraima, a organização calcula que o governo brasileiro precisará de ajuda internacional no montante de US$ 56 bilhões, para enfrentar tal crise humana, que tem raízes políticas, sociais, econômicas e médicas dada a manifesta incapacidade do governo Nicolás Maduro de criar as mínimas condições para eventualmente superá-la.
            Note-se que é a primeira vez que a situação seja classificada como "crise humana". Nos cálculos da ONU, uma resposta a esse desafio deverá custar cerca de US$ 736 milhões. Com esse montante levantado, as Nações Unidas esperam ajudar a cerca de 2,2 milhões de venezuelanos. Aproximadamente quinhentos mil cidadãos de países vizinhos  também terão benefícios.
             Se o ritmo do êxodo continuar crescendo em 2019, até dezembro mais dois milhões de venezuelanos deixarão o país. Dentro dessa hipótese, a Volkwanderung - movimento do Povo - na Venezuela passará a 5,3 milhões de pessoas. Dessas,  3,6 milhões precisarão de ajuda, inclusive 460 mil crianças.
              Tais grandes movimentos de população, atendidas as reais condições do regime chavista, liderado por Nicolás Maduro (ele próprio tendo muito a ver com o surgimento e crescimento dessa magna crise humana), só tenderá a aumentar cumulativamente a crise na Venezuela e a necessidade inelutável de serem criadas condições de governança, que sejam consentâneas com os desafios a serem enfrentados pelo Povo venezuelano. Tudo o que for instrumental para o afastamento do regime corrupto que tanto contribuíu, desde o início da gastança chavista e a crescente fuite en avant  do regime autoritário de Maduro na Venezuela, deverá ser estimulado pelos órgãos internacionais competentes, a começar pelas Nações Unidas e  mesmo a OEA, apesar  de que o papel exercido por essa última não se compara nem de longe àquele das Nações Unidas.
                Quanto mais depressa forem criadas condições para uma governança estável na Venezuela, que possa voltar a gerir as consideráveis riquezas daquele país de forma a que seja o pobre Povo venezuelano o maior beneficiário com esse grande aporte da comunidade internacional para salvar a Venezuela do auto-destrutivo regime da camarilha que cerca ao ditador Nicolás Maduro, e que não tem nem condições éticas, morais, nem intelectuais para encetar essa grande obra de recuperação de um país que em bases democráticas, atendido o inicial acompanhamento internacional das autoridades multilaterais competentes, de forma que a esperada reação do Povo Venezuelano possa  ser realizada em ambiente propício à criação de procedimentos responsáveis para que a tragédia humana da hiper-inflação, possa ser dominada e superada, procedendo-se ao afastamento dos principais causadores desta mega-crise de que a principal vítima é o  sofrido Povo da Venezuela.  Cabe, outrossim, proceder ao pronto afastamento      do corrupto governo de Nicolás Maduro, e de todos aqueles, que de um modo, ou de outro, contribuiram para esta catástrofe humana que foi a criação desse grande desastre social, econômico e material, que constituíu o chavismo, com as inegáveis responsabilidades sociais, éticas e morais do finado Hugo Chávez, de seu inepto sucessor Nicolás Maduro, e de todas as deletérias condições criadas e estimuladas por um regimen tão demagógico quanto anti-popular, porque fundado no compadrio, na corrupção e na incompetência dessa gravosa e desastrosa sociedade de celerados, responsável com seus líderes pela criação de deletérias condições na economia (Hiperinflação), no criminoso descontrole social e sanitário, e na triste decadência ética e moral do regime chavista, que por suas práticas irresponsáveis trouxe miséria, enfermidade e a falta de minimas condições existenciais para a Terra de Bolívar.  Nunca uma suposta elite dirigente chegou a tais extremos, na própria irresponsabilidade, ao criar essas desastrosas condições que colocaram um país que é detentor de tantas riquezas ver-se abandonado e a sua população forçada ao exílio e à privação, enquanto o seu líder, como o bíblico Baltazar, se diverta imemore da própria miséria que o circunda, miséria essa que é a herança maldita de um regime que se locupleta na corrupção e na acintosa exibição de luxo e riqueza, enquanto constrange ao exílio e à miséria os próprios venezuelanos.

( Fonte: O Estado de S. Paulo  )

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