Segundo noticia o
Estado, deverá dobrar o número de venezuelanos em nosso país. Estima-se, assim,
que no ano próximo, os imigrantes desse país passarão a 190 mil pessoas.
Dadas as condições em que esse fluxo
humano se vem realizando, as Nações Unidas temem que os venezuelanos enfrentem fome, falta de abrigo e violência. Nesse
sentido, dadas as condições prevalentes em Roraima, a organização calcula que o
governo brasileiro precisará de ajuda internacional no montante de US$ 56
bilhões, para enfrentar tal crise humana, que tem raízes políticas, sociais,
econômicas e médicas dada a manifesta incapacidade do governo Nicolás Maduro de
criar as mínimas condições para eventualmente superá-la.
Note-se que é a primeira vez que a
situação seja classificada como "crise humana". Nos cálculos da ONU,
uma resposta a esse desafio deverá custar cerca de US$ 736 milhões. Com esse
montante levantado, as Nações Unidas esperam ajudar a cerca de 2,2 milhões de
venezuelanos. Aproximadamente quinhentos mil cidadãos de países vizinhos também terão benefícios.
Se o ritmo do êxodo continuar
crescendo em 2019, até dezembro mais dois milhões de venezuelanos deixarão o
país. Dentro dessa hipótese, a Volkwanderung
- movimento do Povo - na Venezuela passará a 5,3 milhões de pessoas.
Dessas, 3,6 milhões precisarão de ajuda,
inclusive 460 mil crianças.
Tais grandes movimentos de
população, atendidas as reais condições do regime chavista, liderado por
Nicolás Maduro (ele próprio tendo muito a ver com o surgimento e crescimento
dessa magna crise humana), só tenderá a aumentar cumulativamente a crise na
Venezuela e a necessidade inelutável de serem criadas condições de governança,
que sejam consentâneas com os desafios a serem enfrentados pelo Povo
venezuelano. Tudo o que for instrumental para o afastamento do regime corrupto
que tanto contribuíu, desde o início da gastança chavista e a crescente fuite en avant do regime autoritário de Maduro na Venezuela,
deverá ser estimulado pelos órgãos internacionais competentes, a começar pelas
Nações Unidas e mesmo a OEA, apesar de que o papel exercido por essa última não se
compara nem de longe àquele das Nações Unidas.
Quanto mais
depressa forem criadas condições para uma governança estável na Venezuela, que
possa voltar a gerir as consideráveis riquezas daquele país de forma a que seja
o pobre Povo venezuelano o maior beneficiário com esse grande aporte da
comunidade internacional para salvar a Venezuela do auto-destrutivo regime da
camarilha que cerca ao ditador Nicolás Maduro, e que não tem nem condições
éticas, morais, nem intelectuais para encetar essa grande obra de recuperação
de um país que em bases democráticas, atendido o inicial acompanhamento
internacional das autoridades multilaterais competentes, de forma que a
esperada reação do Povo Venezuelano possa
ser realizada em ambiente propício à criação de procedimentos
responsáveis para que a tragédia humana da hiper-inflação, possa ser dominada e
superada, procedendo-se ao afastamento dos principais causadores desta mega-crise
de que a principal vítima é o sofrido
Povo da Venezuela. Cabe, outrossim,
proceder ao pronto afastamento do
corrupto governo de Nicolás Maduro, e de todos aqueles, que de um modo, ou de
outro, contribuiram para esta catástrofe humana que foi a criação desse grande
desastre social, econômico e material, que constituíu o chavismo, com as
inegáveis responsabilidades sociais, éticas e morais do finado Hugo Chávez, de
seu inepto sucessor Nicolás Maduro, e de todas as deletérias condições criadas
e estimuladas por um regimen tão demagógico quanto anti-popular, porque fundado
no compadrio, na corrupção e na incompetência dessa gravosa e desastrosa
sociedade de celerados, responsável com seus líderes pela criação de deletérias
condições na economia (Hiperinflação), no criminoso descontrole social e
sanitário, e na triste decadência ética e moral do regime chavista, que por
suas práticas irresponsáveis trouxe miséria, enfermidade e a falta de minimas
condições existenciais para a Terra de Bolívar. Nunca uma suposta elite dirigente chegou a
tais extremos, na própria irresponsabilidade, ao criar essas desastrosas
condições que colocaram um país que é detentor de tantas riquezas ver-se
abandonado e a sua população forçada ao exílio e à privação, enquanto o seu
líder, como o bíblico Baltazar, se diverta imemore da própria miséria que o
circunda, miséria essa que é a herança maldita de um regime que se locupleta na
corrupção e na acintosa exibição de luxo e riqueza, enquanto constrange ao
exílio e à miséria os próprios venezuelanos.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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