segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Notícias direto do Front

             

Google coopera com Lava-Jato

 

        Resistindo a princípio, o Google acabou fazendo acordo com a Justiça. Com efeito, o Juiz Sérgio Moro, diante da recusa da empresa de interceptar e-mails de investigados, determinara o bloqueio de R$ 2,1 milhões do Google.

       Afinal, com o acordo, a empresa decidiu abrir mão de R$ 500 mil, tendo sido o restante devolvido ao Google.

        A disputa judicial, consoante informa a Folha, começara em  novembro de 2013, quando o juiz ordenou, acolhendo pedido da Polícia Federal, que Google interceptasse quatro contas de Gmail no decurso de inquérito que investigava transações da doleira Nelma Penasso Kodama.

        Em junho, o juiz Moro informou que os advogados do Google o procuraram. Ficou então esclarecido que a empresa “reviu  sua política e passou a cumprir ordens da Justiça brasileira de interceptação telemática”, consoante o despacho do juiz Sérgio Moro.

 

Erdogan: recaída autoritária? 

 

        Alcançado o pulo de Primeiro Ministro a Presidente (agora com poderes reforçados), Recep Tayyip Erdogan retoma a mão pesada e autoritária que já vinha mostrando nos seus últimos tempos como Primeiro Ministro.

         A frágil  democracia turca, que já sofrera ataques do Primeiro Ministro (notadamente contra a imprensa  e na repressão às manifestações de repúdio à tentativa de um último parque público em Istambul ( a antiga Constantinopla ), volta a sofrer outra investida. 

         Na sua perene luta contra o adversário Fethullah Güllen, asilado nos Estados Unidos, Erdogan  ora se lança contra os moinhos, digo, os jornais do adversário e ex-aliado Güllen, mandando prender o editor-executivo do ‘Zaman’, um dos principais diários do país, Ekrem Dumanli.

         Como a primeira tentativa malogrou, por faltarem documentos, os diligentes policiais retornaram duas horas depois, com o papelório completo. Levaram Dumanli, sob as vaias da multidão que aí se concentrara.

        Güllen, ex-aliado de Erdogan, foi por ele transformado no seu mais temível inimigo, e tudo de ruim que acontecer-lhe possa é atribuído por Erdogan a sua suposta nemesis.

        Malgrado ter sido eleito pelo Parlamento Presidente, como não conseguiu reforçar o cargo que continua com poderes cerimoniais, é matéria de espanto que Erdogan continue a atuar como se tivera plenos poderes. Talvez na raiz disso esteja um acordo com o ex-presidente Abdullah Güll.



( Fonte: Folha de S. Paulo )

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