terça-feira, 17 de setembro de 2019

Raquel Dodge retém casos da Lava Jato


          
        A Procuradora Geral da República Raquel Dodge reteve casos da Operação Lava Jato  por um ano ou até mais.  A desaceleração nos ritmos de trabalho da investigação levou o Ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF,  a questionar no mês passado a chefe do MPF sobre o andamento das apurações. Raquel deixa hoje o cargo e apresentará prestação de contas sobre os dois anos de sua conturbada gestão.
             Fachin listou catorze casos que estavam, na época, aguardando um posicionamento da Procuradoria de dezembro de 2017 até hoje. Um dos casos mais importantes é um inquérito que investiga  o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE).
              A apuração foi aberta a partir do acordo colaboração premiada celebrado pelo  MPF com Nelson José de Mello, ex-diretor institucional do grupo empresarial Hypermarcas, que relatou valores repassados ao emedebista. Encaminhado à PGR em março de 2018, o inquérito até hoje não retornou ao Supremo para ser analisado por Fachin.

                 Em dezembro do ano passado, os advogados Aristides Junqueira e Luciana\Moura, defensores de Eunício, reclamaram do ritmo das investigações  e pediram o arquivamento do processo. A insistência em prolongar as investigações viola as regras de duração razoável do processo com exposição e desgaste indevidos do requerente (Eunício). criticou a defesa do emedebista.
                    Um inquérito que investigava o senador Renan Calheiros (MDB-AL) também ficou quase um ano parado na PGR, até retornar no início  deste mês ao Supremo - depois que Fachin enviara o ofício à PGR. O caso acabou arquivado pelo relator da Lava Jato.
                     
( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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