quinta-feira, 30 de maio de 2019

Podemos contesta mudança no Coaf


        

        O  novo partido Podemos, que se tem revelado importante aquisição no campo da defesa das posições éticas, pautou  ação no Supremo em que defende a permanência do Coaf no Ministério da Justiça, do Ministro Sérgio Moro.
           O Podemos ataca a iniciativa do bloco de partidos denominado Centrão sob um ângulo jurídico e legal, o que representa  ação relevante na defesa da ética na política, que tem sido o assinalado norte na atitude e nas posições do Podemos.
            Com efeito, o ataque do Podemos contra a manobra do Centrão,  é feito através do flanco débil dessa ousada e descabida iniciativa do bloco partidário. Para o Podemos, a alteração no texto da Medida Provisória da Reforma Administrativa é inconstitucional, por afrontar a separação de Poderes.
             Para os advogados desse novo partido, o Congresso não poderia modificar o texto da M.P., eis que cabe somente ao Palácio do Planalto dispor sobre a Administração Pública Federal e a organização dos órgãos respectivos.
              O Coaf, como se sabe, tem a função  de verificar sobre as dotações públicas, assim como movimentações de quantias que estejam acima da normalidade financeira no que tange aos órgãos, autoridades e empregados públicos, o que constitui  eficiente instrumento no combate à corrupção, seja individual, seja sistêmica.
               É de grande importância, tanto política quanto jurídico-constitucional, por conseguinte, que no sentido de ser respeitada a competência legal deste Conselho, haja advogados com o necessário conhecimento jurídico, constitucional e administrativo que intervenham pontualmente na questão em apreço, eis que manifestamente o próprio Presidente, o Juiz Moro (para quem seria alocado o Coaf), e outros muitos personagens da República registraram o que aparenta ser uma lacuna de certo realce no respectivo conhecimento do competente direito administrativo e constitucional, que ora semelha, graças à seção jurídica do Podemos, a caminho de ser resolvida, a bem do interesse nacional e da ética pública.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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