terça-feira, 28 de maio de 2019

Eleições Europeias (parte II)


                
        As eleições europeias produziram o seu leque, com a ascendência  de forças como o fascistóide húngaro Viktor Orban e a sigla Fidesz (52%), atualmente suspensa, e o Primeiro Ministro polonês, Mateusz Morawiecki, do eurocético Lei e Justiça. Por sua vez, o vencedor da eleição na Itália,o vice-premier Matteo Salvini, da Liga (34%), não estará presente, pois o convidado por direito é o primeiro-ministro  Giuseppe Conte.
             Os sociais-democratas e conservadores, que chegaram a ter 70% das cadeiras, têm atualmente 43%. Não tem mais possibilidade de aprovar textos isoladamente, ou controlar o voto para a escolha do presidente da Comissão Europeia Pode ser uma verdadeira mudança na composição ideológica da direção do Parlamento europeu.
                Dadas as indicações acima, não se pode alimentar ilusões sobre a qualidade dos líderes futuros. Diante da formação das bancadas, especula-se que a governança no Parlamento europeu será assegurada por uma tríade entre sociais-democratas, conservadores e liberais.  O que é possível para evitar o aventureirismo fascistóide está em uma aliança tríplice de sociais-democratas, conservadores e liberais.
                    Por sua vez, a chamada direito eurocética está dividida em três grupos no Parlamento, um deles é o patético Partido de Independência do Reino Unido (Ukip) e o italiano Movimento Cinco Estrelas, que dificilmente terá condições de manter-se. De outro lado, a direita fascistóide  de Matteo Salvini logo tratou  de juntar forças no seu campo, que inclui a extrema-direita francesa de Marine Le Pen, os húngaros de Victor Orbán e os espanhóis do Vox.  Por questões nacionais e históricas, os poloneses do Pis  desconfiam da cercania entre Marine Le Pen e Salvini com os russos de gospodin Putin.
                        Dentro do aspecto positivo, éstá o aumento do índice popular de participação, que passou do passado (2014)  42,6% para o atual 51 %, o que evidencia a maior relevância dada pelo público europeu à votação.  o contexto dos resultados nacionais de maior relevo,  os dois principais partidos britânicos - o Labour, com 14% e os Tories em quinto lugar, com  8,6%,  foram superados pelo oportunismo do fascistóide Nigel Farage, com o partido do Brexit (sic), que aglutinou 31,7%, e os liberais-democratas, que ficaram com 18,5%.
                            Já na Itália, a fascistóide Liga virou o jogo contra o Movimento 5 Estrelas (com 34,3%) i.e. o dito partido Antissistema 5 Estrelas, que logrou 17%. É de notar-se que por ora Matteo Salvini, o capo da Liga, declarou não pretender, por ora, desfazer a coalizão governante.

( Fonte: O Globo ) _

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