sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Notícias do Front (XIX)

                                   

O Candidato Republicano

     Ainda é cedo para indicar quem será o candidato do GOP que disputará a Presidência com o representante do Partido Democrata. Se do lado democrata, restam poucas dúvidas sobre a confirmação da candidatura de Barack Obama à reeleição, o campo republicano não oferece por enquanto tal probabilidade.
     Isto posto, dentre os republicanos, o líder por ora inconteste é o ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney. Além de dispor de melhor estrutura e mais recursos de campanha, Romney continua a amealhar endossos. O último e decerto o mais prestigioso foi o apoio que lhe deu o governador de New Jersey, Chris Christie. Como foi aqui referido, Christie, pelo seu trânsito junto aos conservadores, considerara seriamente a eventual candidatura. Tangido  pelos prazos, o governador de New Jersey optou por associar-se a Romney.
    Tal endosso deu ainda maior confiança a Romney no último debate com os demais candidatos republicanos. O  principal rival, o governador Rick Perry, do Texas, falto de preparo, chegou mesmo a reconhecer que não tivera ainda tempo de desenvolver adequadamente o seu plano econômico.
    Mitt Romney tem o apoio da direção partidária, mas não o da ala conservadora do GOP, e muito menos da facção do Tea Party. Não obstante, nas prévias é o único dos pré-candidatos republicanos a levar vantagem sobre Obama.
    A esse propósito, os assessores presidenciais julgam que será Mitt Romney quem encabeçará a chapa republicana. David Axelrod, o mais categorizado da assessoria política, confirmou essa impressão ao singularizar de forma quase exclusiva as suas críticas sobre o ex-governador de Massachusetts. Axelrod chegou a considerá-lo atrevido (brazen) nas suas mudanças de posição e que tinha ainda de inspirar ‘confiança e entusiasmo’  no corpo de votantes do GOP.
    Essa tática da Casa Branca se afigura questionável. As críticas ao adversário chamam sobre ele uma atenção que não está no interesse do candidato democrata.

A Crise que não Foi.  

     A pequena Eslováquia teve os seus quinze minutos de notoriedade internacional, mas o suspense durou pouco. Em segunda votação foi aprovado o que os demais dezesseis integrantes da zona do euro já haviam concedido. As instâncias da U.E. e notadamente o Banco Central Europeu dispõem agora de um fundo de estabilização aumentado, para tentar salvar a Grécia do calote, e da cascata de falências que se sucederiam.
    Portanto, não vale dizer que o horizonte se desanuviou. Apenas que os mecanismos disponíveis, tardos e insuficientes, podem ser aplicados. Com o desejado reforço ao sistema bancário da proposta do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que foi bem recebida pelos mercados.


Palpite Infeliz

        Por decisão unânime do Conar, o anúncio contestado de Gisele Bündchen continua no ar. Pelo visto, o Planalto – e a Ministra Iriny Lopes – perderam boa ocasião de não se intrometer em publicidade feminina. Afinal, a Presidente terá esquecido a afirmação no discurso de posse de que preferia o barulho da imprensa ao silêncio da censura ?

O Escândalo da não-fiscalização

        A tragédia ontem pela manhã no restaurante da Praça Tiradentes, com três mortos e dezessete feridos, sendo três em estado grave, é mais uma desgraça provocada pela falta de fiscalização pública, no caso da Prefeitura e dos Bombeiros.
        O restaurante estocava ilegalmente gás em botijões e os bombeiros que tinham vistoriado o prédio no ano passado, não viram os cilindros de gás existentes no subsolo.
        Por sua vez, a Prefeitura permitiu que o estabelecimento funcionasse há três anos apenas com um alvará provisório, que foi cinco vezes renovado.
       Após o desastre, se assiste ao costumeiro jogo de empurra. Isto, a par de não resolver, nem convencer, deveria ser substituído pelo sério empenho de fiscalizar prédios e negócios públicos.
       E tais fiscalizações deveriam ser periódicas, sem aviso prévio, e relativas não só a aspectos de segurança, mas também quanto à higiene dos estabelecimentos, sejam restaurantes, bares, lanchonetes e similares.


( Fontes: O Globo, International Herald Tribune )

        

Um comentário:

Maria Dalila Bohrer disse...

A irresponsabilidade geral quanto às condições de segurança dos estabelecimentos comerciais e, também, da implantação de conjuntos habitacionais de baixa renda nos deixa aterrorizados. O famoso conjunto habitacional Singapura inaugurado pelo ex Governador Maluf também está ameaçado de explodir. Foi implantado em área de lixão, local de altas concentrações de gás.