sábado, 15 de agosto de 2020

Tensão cai, mas surge nova demanda

 

       

      Passadas a incerteza e a falta de informação iniciais da pandemia, médicos relatam que o momento  na cidade de S. Paulo é de maior segurança para tratar infectados, mas também não se pode omitir o cansaço e a exaustão por estarem há cinco meses no combate de um surto que não se sabe exatamente quando irá acabar.

         Além disso, o corpo médico agora tem de lidar com uma nova demanda: aquela relativa a pacientes de outras doenças, muitos desses após adiar tratamentos e cirurgias, e que começam ora a voltar aos hospitais.

          No começo, a sensação era de pânico mesmo. Agora, é desgaste físico, emocional", afirma o infectologista Pedro Campana, que trabalha na UTI do Hospital Emílio Ribas e na enfermaria do Hospital da Santa Casa de Misericórdia.

           Depois do estresse e do trabalho desses primeiros meses, máxime causado pela circunstância de enfrentar doença de que não se conhecia muito, e também pela falta de profissionais. 

            Nos meses seguintes, houve a contratação de profissionais de saúde em muitos centros de atendimento, a capital paulista montou quatro hospitais  de campanha (Pacaembu, Anhembi, Ibirapuera e Heliópolis), e o medo inicial de que não haveria leitos e ventiladores suficientes não se concretizou. As redes pública e particular de saúde foram pressionadas, mas não entraram em colapso. Ontem, a taxa de ocupação dos leitos de UTI na capital - muito requisitada por pacientes graves de Covid-19 - chegou à média geral de 57,8%, enquanto todas as regiões do estado de S.Paulo estão abaixo dos 80% (no interior do estado, a situação não é tão sob controle quanto na capital), e tais são índices decerto alvissareiros, se cotejarmos com os da fase inicial da pandemia.

 

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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