sexta-feira, 8 de maio de 2020

Uma reunião ministerial prá lá de diferente


                                   
           A Advocacia - Geral  da  União pediu ao STF - et pour cause -  para enviar só trechos do vídeo da reunião ministerial em que, segundo o então Ministro da Justiça, Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro o teria pressionado a trocar o comando da Polícia Federal. 
  
              O encontro em tela teve palavrões e ameaças. Nesse contexto, o presidente Bolsonaro  ameaçou com demissão "generalizada". A matéria está complementada por relato em página interior do jornal O Estado de S. Paulo, de que dou abaixo um excerto: "Palavrões, briga de ministros, anúncio de distribuição de cargos para o "Centrão" e ameaça do presidente Bolsonaro de demissão "generalizada" a quem não adotasse a defesa das pautas do governo. De acordo com os participantes da reunião citada por Sérgio Moro, ex-titular da pasta da Justiça, é este o conteúdo do vídeo requisitado pelo ministro Celso de Mello, do STF, e que o Planalto  quer evitar divulgar na íntegra.  Esse encontro de cerca de duas horas que hoje mobiliza Brasília ocorreu no terceiro andar do Palácio do Planalto, no dia 22 de abril, dois dias antes da demissão de Moro, e é considerado à juste raison o mais tenso do governo até o presente.

                  Economia.  O encontro foi convocado para apresentação do Pró-Brasil, pro-grama de recuperação econômica anunciado pelo ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, com o incentivo  do ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho, e sem o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes.
  
                   Diante dos colegas, Guedes e Marinho se desentenderam  sobre gastos públicos para incentivar a retomada da economia. Marinho disse  que Guedes era apegado a dogmas.  O ministro da Economia, por sua vez, respondeu dizendo que tinha estudado o que ningúem estudou. E acrescentou que o plano era "completamente maluco".


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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