terça-feira, 26 de maio de 2020

Ministros militares negociam com Centrão


                

        No governo Bolsonaro, por conta das estripulias do Chefe,  avulta agora o número de ministros saídos das fileiras verde-oliva.  Eles estão ali, coesos como sempre, para em negociando cargos executivos com o notório Centrão, em verdade  se empenham com castrense dedicação na tentativa de buscar evitar, a todo preço, a abertura de um processo de impeachment contra o seu Comandante (e presidente) Jair Bolsonaro.
         Quem participa - e dirige - as conversas, segundo informa o Estadão, é o ministro Walter Braga Netto, general da reserva (no governo Bolsonaro fatos  estranhos ocorrem - temos um militar a se ocupar da Casa Civil, coisa que não ocorrera sequer sob o ditador-presidente Emilio Garrastazu Médici...)   

          Tais conversas com o Centrão são, ao que parece, da alçada de Braga Netto. Em governos passados, tal papel coube a políticos como Geddel Vieira Lima, Antonio Palocci e até José Dirceu.

             O Centrão - esse bloco que rescende de implicações e estórias para muitos pouco-edificantes - conta atualmente entre os seus dedicados  participantes parlamen-tares de Progressistas, Republicanos, PL , PSD, Solidariedade, PTB e DEM (este último, de resto, o partido do atual presidente da Câmara).
              Embora  entre os militares exista desconforto com a participação direta de generais na articulação política,  para tanto funciona o argumento de que eles seguem a disciplina das Forças Armadas e cumprem ordens do Comandante - no caso Bolsonaro.
                A turma do Centrão, por sua vez, afirma que as negociações são diretas e chama de "lenda" o estigma de que os militares não tenham experiência política.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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