terça-feira, 8 de maio de 2012

Notícias do Front (18)

                                    
A Posse de Putin

     Contrastando com o júbilo popular da eleição de François Hollande, a posse do Presidente Vladimir Putin não se caracterizou por excessos de euforia de seus partidários.
      Este é o terceiro mandato de Putin, desta feita alongado para um sexênio, com a possibilidade de reeleição. Tudo indo bem para gospodin Presidente, seriam mais doze anos no Kremlin, com uma extensão no poder que rivaliza com a de Josef Stalin.
     Se bem que os protestos contra a sua investidura não tenham a força anterior, eles prosseguiram, motivados sobretudo pela suspeitas de fraude na eleição. Assinale-se que há controle já nas candidaturas, com vistas à depuração na lista submetida ao eleitorado.



A CPI convocará Cabral ?



     Segundo a Folha, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) procurou a cúpula de seu partido em busca de apoio para evitar que venha a ser convocado a prestar esclarecimentos a CPI sobre suas relações com a construtora Delta e o respectivo dono, Fernando Cavendish.
     Há três governadores passíveis de serem convocados: Marconi Perillo (GO-PSDB), Agnelo Queiroz (DF-PT) e Cabral. Dado o comportamento dos partidos majoritários, subsistem muitas dúvidas quanto ao papel da CPI. Por enquanto, não há elementos para assegurar da eficácia investigativa ou não dessa Comissão.
     Se bem que ainda seja prematuro para emitir um parecer sobre a sua contribuição, as chances de uma enorme pizza não podem ser afastadas.



Eleições europeias. Crise helênica.  


     A bolsa francesa respondeu favoravelmente à eleição de François Hollande. Há um certo otimismo quanto a uma composição entre Angela Merkel, a Chanceler alemã, e o novo Presidente francês, François Hollande. Não se deve esquecer que tampouco foi fácil, a princípio, concordância entre a Merkel e Nicolas Sarkozy.
      É o que será determinado dentro em breve. Feitos os necessários ajustes, o interesse de ambos é que a diarquia na União Europeia seja mantida, preservada a na prática precedência na U.E. de suas duas maiores economias. Como alta personalidade no campo socialista francês declarou, ambas as partes precisam ceder em algo, para que o acordo sobreviva.
      Na pequena Grécia, a leitura do resultado das eleições fez despencar a bolsa. Com o malogro da Nova Democracia de coser maioria – o que corresponde ao apoio de 151 deputados no Parlamento -, o Presidente Karolos Papoulias convocará Alexis Tsipras, lider da Syriza (Esquerda radical), que é a segunda bancada, e, em seguida, Evangelos Venizelos, do Pasok, para a improvável missão de constituir gabinete, com a referida sustentação parlamentar.  
      Terminada essa fase, com a possível rejeição do governo de união nacional – que congregaria as três forças -, a opção seria a convocação de novas eleições em junho. Como as condições na República Helênica não terão mudado, há poucas probabilidades de que haja mandato popular para viabilizar novo gabinete.
     As perspectivas de que a Grécia honre os compromissos assumidos anteriormente – e que têm motivado a engenharia econômico-financeira da U.E. no sentido de evitar o temido calote grego – tendem a tornar-se cada vez mais improváveis. Junho é também a data-limite para que Atenas faça cortes adicionais de onze e meio bilhões de euros no respectivo orçamento para 2013 e 2014.
     Mantidas as características atuais, as possibilidades de que o premiê Lucas Papademos – ou personalidade na mesma linha- venha a manter-se no poder, tenderão para zero. Excluídas mudanças de última hora, estaria afinal detonada a crise na Zona do Euro, com a saída da Grécia.




( Fonte: Folha de S. Paulo )

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