Renúncia de José Genoino
O deputado José Genoino (PT- SP) renunciou ao
mandato de deputado. O gesto do representante petista foi interpretado como
fuga à cassação.
A carta de
renúncia foi apresentada pelo deputado André Vargas (PT-SP), quando a Mesa da
Câmara já havia dado quatro votos em favor do início do processo (em um total
de sete).
A bancada do
P.T. reclama do Presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), por haver
forçado de certa forma a cassação. A
decisão da renúncia de Genoino ocorre depois de exercício de 26 anos de mandato
de deputado. Receava ele que a abertura de processo de cassação pela Câmara ‘contaminasse’
seu pedido de prisão domiciliar ao Presidente Joaquim Barbosa. Como tudo que é
importante no PT, a renúncia de Genoino foi previamente conversada com o
ex-presidente Lula da Silva e com Rui Falcão, presidente do PT.
Está pendente
o pedido de aposentadoria por invalidez, feito em setembro, a ser analisado
pela Mesa Diretora e pela Diretoria Geral da Câmara. Como os pareceres das
juntas médicas sobre o ex-deputado tem variado, não há segurança de que ele
venha a receber o subsídio integral, i.e.,
R$ 26.723,13.
O Patrão de José Dirceu é um laranja
Não caíu bem em meios políticos que o Hotel Saint Peter – que oferece emprego de R$ 20 mil ao mensaleiro José Dirceu – de que é proprietária a Truston International seja presidida por um ‘laranja’.
Segundo
reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, a Truston International, com sede
na cidade do Panamá é presidida pelo panamenho Jose Eugenio Silva Ritter.
Ritter mora em bairro pobre da Cidade do Panamá, trabalha há 30 anos como
auxiliar de escritório em empresa de advocacia e, no papel, é sócio de mais de
mil empresas.
Problemas na aliança Campos e Marina
Segundo a
coluna de Merval Pereira, houve turbulência na relação política entre Eduardo
Campos (PSB) e Marina Silva.
Depois do anticlimático desenlace da
postulação da Rede-Sustentabilidade pelo TSE, que aceitou as não-validações de
cédulas de apoio por cartórios na área do ABC paulista (dominada pelo PT, como
é notório), a entrada de Marina e de parte de seu grupo no PSB criou problemas
para Campos, como a não aproximação com Ronaldo Caiado, representante dos
ruralistas, o que teria chegado “a tirar do sério Campos”.
Nos últimos
dias, no entanto, os dois, à falta de alternativa, se tem empenhado em superar
obstáculos. A decisão é pragmática, e resulta de falta de margem de manobra
sobretudo para Marina. A dupla já teria entendido que qualquer briga interna
seria como ‘abraço de afogados’ em que ambos morreriam politicamente.
Ainda
consoante a mesma fonte, inexiste “a possibilidade de Campos deixar de ser o
candidato a presidente da república do PSB, mesmo que Marina permaneça
aparecendo nas pesquisas com mais apoio popular que ele”.
Peço vênia para discordar. Não
existe em política essa de não ser possível isto ou aquilo. Se o candidato
Eduardo Campos continuar a ter desempenho medíocre nas pesquisas, e se Marina,
ao invés, apresentar totais que marquem a sua força política, e coloquem em
dificuldade a candidatura oficial, dificilmente o chefe do PSB terá condições
de aguentar o tranco, e poderá, nesse sentido, ser constrangido a ceder o posto
a Marina Silva.
Não há
dúvida que ele tem a vantagem proporcionada pela chapa do PSB, mas dificilmente
isto seria uma garantia total pela manutenção da postulação, se ficar
meridianamente claro (a) que Eduardo
Campos não decola e (b) que Marina
seria uma candidata com largo apoio e em condições de vencer a Dilma Rousseff
no segundo turno.
(Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo)
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