quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Diário da Mídia (XI)

                                     
Renúncia de  José  Genoino

        O deputado José Genoino (PT- SP) renunciou ao mandato de deputado. O gesto do representante petista foi interpretado como fuga à cassação.
        A carta de renúncia foi apresentada pelo deputado André Vargas (PT-SP), quando a Mesa da Câmara já havia dado quatro votos em favor do início do processo (em um total de sete).

        A bancada do P.T. reclama do Presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), por haver forçado de certa forma a cassação.  A decisão da renúncia de Genoino ocorre depois de exercício de 26 anos de mandato de deputado. Receava ele que a abertura de processo de cassação pela Câmara ‘contaminasse’ seu pedido de prisão domiciliar ao Presidente Joaquim Barbosa. Como tudo que é importante no PT, a renúncia de Genoino foi previamente conversada com o ex-presidente Lula da Silva e com Rui Falcão, presidente do PT.
        Está pendente o pedido de aposentadoria por invalidez, feito em setembro, a ser analisado pela Mesa Diretora e pela Diretoria Geral da Câmara. Como os pareceres das juntas médicas sobre o ex-deputado tem variado, não há segurança de que ele venha a receber o subsídio integral, i.e.,  R$ 26.723,13.
 

O Patrão de José Dirceu é um laranja
     
         Não caíu bem em meios políticos que o Hotel Saint Peter – que oferece emprego de R$ 20 mil ao mensaleiro José Dirceu – de que é proprietária a Truston International seja presidida por um ‘laranja’.

         Segundo reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, a Truston International, com sede na cidade do Panamá é presidida pelo panamenho Jose Eugenio Silva Ritter. Ritter mora em bairro pobre da Cidade do Panamá, trabalha há 30 anos como auxiliar de escritório em empresa de advocacia e, no papel, é sócio de mais de mil empresas.

 
Problemas na aliança Campos e Marina

          Segundo a coluna de Merval Pereira, houve turbulência na relação política entre Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva.
          Depois do anticlimático desenlace da postulação da Rede-Sustentabilidade pelo TSE, que aceitou as não-validações de cédulas de apoio por cartórios na área do ABC paulista (dominada pelo PT, como é notório), a entrada de Marina e de parte de seu grupo no PSB criou problemas para Campos, como a não aproximação com Ronaldo Caiado, representante dos ruralistas, o que teria chegado “a tirar do sério Campos”.

           Nos últimos dias, no entanto, os dois, à falta de alternativa, se tem empenhado em superar obstáculos. A decisão é pragmática, e resulta de falta de margem de manobra sobretudo para Marina. A dupla já teria entendido que qualquer briga interna seria como ‘abraço de afogados’ em que ambos morreriam politicamente.
            Ainda consoante a mesma fonte, inexiste “a possibilidade de Campos deixar de ser o candidato a presidente da república do PSB, mesmo que Marina permaneça aparecendo nas pesquisas com mais apoio popular que ele”.

            Peço vênia para discordar. Não existe em política essa de não ser possível isto ou aquilo. Se o candidato Eduardo Campos continuar a ter desempenho medíocre nas pesquisas, e se Marina, ao invés, apresentar totais que marquem a sua força política, e coloquem em dificuldade a candidatura oficial, dificilmente o chefe do PSB terá condições de aguentar o tranco, e poderá, nesse sentido, ser constrangido a ceder o posto a Marina Silva.
             Não há dúvida que ele tem a vantagem proporcionada pela chapa do PSB, mas dificilmente isto seria uma garantia total pela manutenção da postulação, se ficar meridianamente claro (a) que Eduardo Campos não decola e (b) que Marina seria uma candidata com largo apoio e em condições de vencer a Dilma Rousseff no segundo turno.

 

(Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo)

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