A longa espera nos proporciona ótima notícia. A principal realização
do Presidente Barack H. Obama, a Lei
da Assistência Custeável (ACA) foi aprovada pela Suprema Corte, por cinco votos a quatro. Pronunciaram-se em
favor da plena constitucionalidade da lei, o presidente da Corte, John G. Roberts, Jr. e os quatros juízes
da ala liberal, v.g., Ruth Bader Ginsburg, Stephen G. Breyer, Sonia Sotomayor e Elena Kagan. A surpresa está
no voto de Minerva, que foi dado pelo presidente da Corte, John G. Roberts, Jr.,
contrariando os prognósticos dos expertos, eis que habitualmente Roberts
integra o grupo conservador.
A expectativa – e a esperança dos
defensores da ACA – se voltava para o juiz-associado Anthony M. Kennedy que, por vezes, no passado, se dissociara da
linha conservadora. Kennedy seria, portanto, o swing vote, o voto de minerva entre as duas alas que compõem a
atual Suprema Corte. Que Roberts tenha votado pela constitucionalidade da ACA significou não só um sinal auspicioso, senão marcado por inegável simbolismo. Se a legislação da assistência sanitária custeável – um projeto de presidentes americanos desde inícios do século XX com Theodore Roosevelt – foi reconhecida como constitucional em sentença com o aval do presidente da Corte, não pode ser negado o contributo da tradição honorífica do cargo.
De forma surpreendente – a ACA tinha sido vista de forma desfavorável numa pesquisa, por 37% da sociedade, contra 28%, que se pronunciou pela sua constitucionalidade - a Reforma da Assistência de Obama foi confirmada pela Corte, malgrado as previsões em contrário.
Tal desenvolvimento implica em maiúscula vitória para o Presidente Barack Obama e o partido Democrata. A cinco meses dos comícios de novembro, Obama vê confirmada pelo crivo da Justiça a principal realização de seu primeiro mandato.
Dada sua importância, o próprio fato em si, com sua positiva repercussão, dispensa outros comentários, a par da constatação da derrota do Partido Republicano, que investiu através de suas bases estaduais na via judicial para tentar desfazer a maior obra da Administração Obama.
Esse grande tropeço do GOP poderia não ter ocorrido, se o bipartidismo oferecido por Obama tivesse sido acolhido, como o fora no passado, quando o voto conjunto dos dois partidos contribuía para a aprovação das grandes reformas, tendo por guia o interesse do povo americano.
Com a sua aposta no espírito de facção procuraram desvirtuar pelo depreciativo Obamacare, o que é reforma em prol de toda a coletividade. Ao tentar demonizá-la, o GOP colhe a poeira de derrota que é tão desnecessária, quão artificial, se não tivesse a visão toldada pelo sectarismo. Pena que o patriotismo e a aliança nas grandes causas pareçam saídos de moda na Terra de Tio Sam.
( Fonte subsidiária: CNN )
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