O que mostra a nova Datafolha
Ao contrário do novo partido de Paulinho da Força Sindical, em que até mortos deram apoiamento (além de nomes transcritos à revelia de listas taquigráficas do Senado Federal), foi comovente a severidade do Tribunal Superior Eleitoral, sob a presidência da Ministra Carmen Lúcia, no que concerne à Rede. O único Ministro presente (e do STF) que não se deixou embair pelas negações por atacado (sem qualquer justificação) das fichas tramitadas pela Rede foi Gilmar Mendes.
Assim, se Dilma Rousseff enfrentar Aécio Neves e Eduardo Campos, a presidenta com 42% ganharia no primeiro turno, eis que tanto o candidato do PSDB patinaria com 21% e o neto de Arrais (PSB) ficaria com minguados 15%.
Agora, se entrassem os pesos pesados eleitorais Marina e José Serra, o resultado seria bem diverso: Dilma (37%), e portanto não venceria em primeiro turno, Marina (28%) e Serra (20%).
No entanto,
este segundo cenário parece mais de mentirinha, porque nem José Serra surge
como candidato do PSDB, nem Marina, com todo o seu apoio popular, tem por ora
legenda própria para concorrer como primeira de chapa.
Estava muito
certa Marina quando falou do último e melancólico episódio, que mais lembra das
práticas chavistas (e tais práticas,
diga-se de passagem, não se cingem às travessuras dos cumpanheiros nos cartórios do ABC)
e de aviltamento da democracia.
Contratação pra lá de suspeita
A Folha noticia em primeira página que o
STF barrou a contratação de um assessor
para cargo de confiança no gabinete do Ministro Ricardo Lewandowski.
Não é que o
referido senhor é irmão de advogada dos chefes da facção criminosa do Primeiro
Comando da Capital (PCC) ?
Pá de Cal na Lei da Responsabilidade Fiscal
Na época, de forma coerente à sua raivosa oposição ao Plano Real, o PT tudo fez – inclusive apelando para o Supremo – para inviabilizar a Lei da Responsabilidade Fiscal. Malgrado os sanhudos esforços de Lula & Cia, então os petistas ficaram de mãos abanando nessa louca empresa.
Infelizmente, segundo parece, não é o que ameaça ocorrer agora. Não é segredo que o governo de D. Dilma muito tem feito com vistas a desestabilizar o Plano Real. Tramita no Congresso Nacional, relatado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), um projeto de renegociação da dívida dos Estados e Municípios com a União.
Segundo denuncia o economista Fabio Giambiagi (referido pela coluna de Miriam Leitão) é pá de cal da Lei “porque retroage a 1996, isso foi feito para beneficiar a prefeitura de São Paulo (que é devedora de R$ 54 bilhões).
O Ministério da Fazenda – leia-se Mantega - não se opõe. A redução de São Paulo – o Governo Federal não se opõe porque a prefeitura agora é ocupada por Fernando Haddad, por coincidência do PT – implicaria em aumentar a dívida liquida da União (eis que reduzirá o valor de seus ativos).
Após toda a renegociação feita em 1996 construíu-se a base na qual foi negociada a Lei da Responsabilidade Fiscal, que, entre outras coisas, proíbe a renegociação das dívidas.
Até hoje, tinham sido negadas todas as tentativas de renegociação de dívida. As pressões não surtiram efeito, inclusive sobre o governo Lula. Agora, como se assinala, com a eleição de Haddad para a Prefeitura, ficou mais fácil convencer o governo a ceder.
E que vá à breca a Lei da Responsabilidade Fiscal, garantia de moralidade na passagem de direção com a respectiva responsabilidade, ao ensejo da entrada em exercício de novos governos.
Agora, esta é outra pedra do Plano Real que o governo Dilma deixa cair.
( Fontes: Folha de S. Paulo, O
Globo )
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