domingo, 27 de dezembro de 2020

Para brasileiro, saúde é o problema maior

Para o brasileiro, a saúde é o principal problema do país. Isso é facilmente inteligível, no ano em que quase duzentos mil morreram  e pelo menos 7,3 milhões foram infectados pela Covid-19. Considerada a subnotificação, os números se afiguram forçosamente maiores.

         A Área foi citada  por 27% dos entrevistados pelo Datafolha, quando consideradas as responsabilidades do Governo Federal.  Em junho, esse índice era de 19 por cento, No entanto, mais recentemente ganhou força a chamada "guerra da vacina", que é a disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de S. Paulo, João Dória (PSDB), em torno dos imunizantes contra o novo coronavírus.

        É tristemente evidente que o Brasil está atrasado na guerra mundial pela vacinação, e assiste outros países aplicarem as primeiras doses, inclusive vizinhos sul-americanos  e centro-americanos.  Nesse particular, o Brasil tem assistido que outros países os tem superado na chamada campanha pelas vacinas. Como assinala a Folha, os dados também mostram que os casos e mortes têm aumentado em todas as regiões brasileiras e devem explodir após as festas de fim de ano.

        A expectativa pela vacina, portanto, não é um anseio infantil, mas uma aspiração válida, para quem não vê justificação para que o Brasil fique para trás nesse luta pela vacina, enquanto outros países de menor relevância os tem superado.

         Faltaria empenho da Administração Bolsonaro por motivos quem sabe ideológicos ?  Pois quem já falou  em "gripezinha",  demonstrando tal nível de escasso  discernimento,  não deixa de inquietar aí  descobrir uma resistência de caráter ideológico. 

          E, sem embargo, como assinala plenamente a última pesquisa da Datafolha,  o Brasileiro , que é um povo inteligente, vê a Saúde como o problema maior  a ser enfrentado. Dessarte, seria o caso de o Presidente dar um basta na sua guerra de diminuitivos contra a saúde nacional.  É hora de cerrar fileiras contra um inimigo comum, que merece um ministério da Saúde à altura do país desenvolvido em que a nossa pátria já se tornou.


( Fonte: Folha de S. Paulo )



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