domingo, 21 de junho de 2020

Muitos erros levam Brasil a mais de 50 mil mortos


       
     O descontrole governamental - a falta de uma liderança federal - impulsionou a curva dos óbitos.  Segundo o Dr. Paulo Petry, doutor em epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sublinha a alta taxa de contágio do Sars-CoV-2. No Brasil, cada infectado chegou a transmitir o vírus para até três pessoas, conforme estudo do Imperial College de Londres.

      Consoante o Dr. Petry há outros fatores importantes: o distanciamento é fundamental para o achatamento da curva epidemiológica. Mas enfrentamos problemas, como a aglomeração nas periferias. O especialista não deixa, outrossim, de reportar-se ao "descontrole governamental", que também impulsionou a curva de óbitos.

       Nesse sentido, é referência a declarações irresponsáveis do presidente Bolsonaro, que comparou  a Covid-19 a uma "gripezinha". Nesse sentido, ele protagonizou embates com prefeitos, governadores e os próprios ministros (a saída de Mandetta do Ministério da Saúde se deve à ação de Bolsonaro).  A substituição por Nelson Teich não obteve maiores resultados, e a Pasta é ora ocupada por um interino, Eduardo Pazuello, militar sem experiência na área.

           Por outro lado, é de interesse nacional acentuar o descontrole do governo, na 
verdade a negativa na prática de o presidente Bolsonaro assumir o papel de liderança que por sua posição natural e legalmente lhe cabe. 

             O Brasil, nesse contexto, dispôs de mais tempo para preparar-se para enfrentar esse grande desafio.  Nesse quadro,  o grande ausente foi o presidente da República, que até hoje se nega a assumir qualquer liderança nessa questão. 
               Salta aos céus, no entanto, que essa estranha inação do Presidente Bolsonaro levou a agravar exponencialmente o problema causado à gente brasileira  pela  chamada  "gripezinha" (como a chamou o presidente do Brasil).

                  O problema está em que, no Brasil, o Poder Executivo por motivos não esclarecidos deixou de tomar providências, que decerto lhe competiam e que foram adotadas, v.g., pela vizinha Argentina. Como diz o pesquisador Alessandro Farias, coordenador  da Força-tarefa da Unicamp contra a Covid-19:

"A Argentina fechou suas fronteiras e registrou menos de mil mortes. O Brasil é um país muito maior e esta operação seria mais complicada, mas poderia ter sido feita, ao menos nos aeroportos de Rio e Sâo Paulo, com centros de controle para testagem de passageiros."

                      Ainda nesse contexto, O Globo estampa em sua edição hodierna  que " Sucessão de erros leva país a superar 50 mil mortos".

                     O comentário de O Globo é genérico:

" Falta de testes, brigas políticas e quarentenas falhas fizeram o novo coronavírus avançar pelo Brasil; epidemiologista diz que taxa de mortalidade pode aumentar com inverno e que pandemia está longe do fim."

( Fonte:  O Globo )                           

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