segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

A Rússia se levanta pela libertação de Navalny

      Cerca de cinco mil pessoas foram detidas pela polícia russa , durante os protestos nacionais contrários à escandalosa prisão do principal opositor russo, Alexei Navalny.  O clamor potente de libertai Navalny não cessa de assombrar ao ditador Vladimir Putin. Como se sabe, ele não se pejara de mandar prender o corajoso Navalny, desde que chegara da Alemanha,  uma vez concluído o tratamento que o salvara do poderoso veneno novichock, uma arma química do arsenal de Putin. 

       Gospodin Putin, com a desfaçatez dos suseranos, mandara prender quando de sua chegada ao solo pátrio o destemido chefe da oposição russa, não obstante o escândalo produzido pelo seu peculiar tratamento - ministrado decerto pelo serviço secreto. Só uma pessoa com uma constituição física robusta tem condições de resistir  aos poderes desse tratamento especial. 

       Navalny, o carismático líder das oposições russas, enfrenta os dummy processos movidos contra ele pela dócil (ao ditador) justiça russa.  O que irrita e exaspera o homem forte de todas as Rússias é que ele seja conhecido pelo posicionamento anticorrupção e pelas críticas dirigidas ao presidente Vladimir Putin. 

        Nesse sentido, novos protestos a favor de Alexei Navalny estão marcadas para esta terça-feira, dia dois de fevereiro, quando ele enfrentará uma audiência em tribunal, pela cordata (para o ditador, é claro) justiça russa.  Em pauta, está a possibilidade de reduzir a sentença de três anos e seis meses de detenção firme, a que foi condenado em 2014, por suposta lavagem de dinheiro. Navalny increpa a sentença de mera vingança política.

          O império russo de Putin sofre prisões em massa (35 cidades, com dezenas de detenções). No mesmo sentido, as forças de segurança bloquearam o acesso a pelo menos  35  cidades russas.  Tudo se empenha para impedir as marchas  pro-Navalny, e o  temido acesso da democracia aos centros citadinos.

           Em Moscou, os manifestantes chegaram a se dirigir à prisão em que Navalny está detido,  mas foram reprimidos por tropas de choque. A notar-se que Yulia, esposa de Navalny, também foi detida na capital russa.

            Dada a dimensão das manifestações - dezenas de milhares de pessoas acorreram as centros citadinos  durante o fim de semana para protestar, com frases "Renuncie, Putin!", "Putin ladrão!" e  "Abaixo o Czar!".  Nesse contexto, a nova Administração americana de Joe Biden instou a Rússia a libertar  Alexei Navalny além de criticarem as prisões e a repressão.

(Fonte: O Estado de S.Paulo)

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