domingo, 8 de março de 2020

Bolsonaristas visam atrair projeto fascistóide que coage imprensa


                              
      Apoiadores do governo Bolsonaro incentivam a vinda para o Brasil de organização de extrema direita americana que busca desacreditar jornalistas, empresas de comunicação e os gigantes da área tecnológica.
        O Projeto Veritas - que apóia o governo de Donald Trump - tem como método principal criar situações para filmar e depois editar de forma seletiva conversas informais de jornalistas e executivos sobre política e suas empresas.
        Nesse sentido, um dos próceres da militância bolsonarista nas redes sociais, Allan dos Santos, sócio do site Terça Livre, se encontrou há oito dias com executivos do projeto, em Washington, durante o evento Conservative Political Action Conference (CPAC).  A aludida reunião congregou alguns dos principais líderes da extrema direita no mundo, como o inglês Nigel Farage e o espanhol Santiago Abascal, líder do partido Vox. Allan dos Santos expôs fotos em perfil ao lado de tais senhores, tornando públicos seus contatos com a equipe do Veritas.
       Outro que apoiou trazer as ações do Veritas para o Brasil foi o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).  Defensor do projeto, o filho de Bolsonaro também afirmou que o escopo  "desmascarar " a atuação de o que ele chama de "mídia esquerdista".

          O principal método do "projeto", segundo especialistas, é criar armadilhas para jornalistas e executivos de plataformas da internet, a quem acusam de censurar "conteúdo conservador". Recen-temente, o grupo lançou campanha para que funcionários de meios de comunicação e  empresas como Facebook, Twitter e Google gravem de forma clandestina seus colegas para denunciá-los.

           Criado em 2010, o projeto Veritas  é próximo a Donald Trump - muitos de seus membros se identificam como apoiadores do presidente americano, assim como Eduardo e Jair Bolsonaro. Apesar dos esforços de  O Estado em contactar tanto o fundador do projeto, James O'Keefe, quanto o deputado federal Eduardo Bolsonaro,  não obteve  êxito.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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