O
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta quarta-feira, dia
primeiro, "que não é hora de
fraquejar, de relaxar" no controle da epidemia.
Mandetta
afirmou que, sem o isolamento de quem pode ficar em casa, poderia haver
explosão do número de casos, o que levaria à falta de equipamentos de proteção
para o pessoal da saúde e de respiradores para os doentes. Segundo o Ministro,
o problema tende a agravar-se se houver "movimentos bruscos" de
população, e é hora de reforçar o isolamento.
Mandetta disse que os EUA fizeram compra em massa da China, o que
prejudicou a aquisição de material, inclusive respiradores, que o Brasil tinha
contratado naquele país. Nesse sentido, observou o Ministro: "Os EUA
mandaram 23 aviões cargueiros para a China"…
O presidente Bolsonaro ligou para Donald
Trump, em busca de ajuda para o setor logístico. "O Brasil está
parando, teve que parar", disse Trump. Assinale-se que o súbito incremento
de ajuda em equipamentos hospitalares se deve à falta de cuidados na área de
New York em termos de isolamento, o que provocou brutal incremento em matéria
de assistência hospital. Daí, os temores de uma espiral de demanda de
equipamentos na área novaiorquina, em consequência da temida explosão de casos.
Ainda no quadro, as crescentes dúvidas quanto à realidade dos números de casos
hospitalares na China, que parecem sofrer de subnotificação aguda de parte da
autoridade competente.
Sobre sua posição no pronunciamento de
terça-feira, Bolsonaro foi enfático, c citou repercussões econômicas do
isolamento adotado por governadores, como o do Rio Grande do Sul: - Eu não mudei nada.
Ele mudou. Agora eu, sim reconheço (...) que suavizei nas palavras. Mas quem
pegar e prestar atenção em cada frase nossa continuamos dando o recado: se o
Brasil continuar dessa forma, desse isolamento horizontal, como se eu não me
engano o Rio Grande do Sul anunciou mais 30 dias. Eu não vou criticar o
governador, agora será que a população aguenta mais 30 dias sem trabalhar?
Porque o elemento, o empresário, o comerciante, vai ter que demitir, porque não
está vendendo, vai ter que demitir - afirmou.
Não obstante, Bolsonaro viria também a pedir desculpas por haver publicado em
rede social um video em mostrava com informações falsas um suposto
desabastecimento causado por medidas de contenção ao novo coronavírus.
Ora, na gravação um homem dizia estar
na Ceasa de B.H., e criticava suposta falta de produtos, que, segundo ele,
teria sido causada por medidas tomadas pelos governadores. Na
verdade, como declarou a
posteriori a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina: "Hoje
nos temos no Brasil o abastecimento em todas as capitais, não temos nenhuma
notícia de que esteja faltando qualquer tipo de alimento. Esse vídeo foi feito
ontem à tarde durante a limpeza do Ceasa."
O próprio presidente Bolsonaro reconheceu que "não houve a
"checagem" dos fatos: Quero me desculpar publicamente, foi retirado o
vídeo. A gente erra na notícia e eu tenho a humildade em me desculpar."
( Fonte: O Globo )
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