A Ministra da Ecologia da França, Nathalie Kosciusko-Morizet anunciou nesta segunda-feira a descoberta de destroços do Airbus A330-200 da Air France, que afundara, com 228 pessoas a bordo, na noite de 1º de junho de 2009, no Oceano Atlântico, na sua rota do Rio de Janeiro a Paris.
51 corpos e restos esparsos da aeronave tinham sido recuperados na procura de superfície realizada logo após o sinistro. Faltam, portanto, 177 corpos, que provavelmente se acham presos na fuselagem ou jazem em áreas próximas .
A descoberta é resultado direto dos esforços da Air-France e da empresa Airbus, que iniciara recentemente (V. Colcha de Retalhos LXXIII, de 27 de março último), mais uma exploração do largo espaço marinho, em que se acredita haver desaparecido, meio a uma forte tempestade, o vôo 447 da Air France.
Se bem que os investigadores do desastre não hajam confirmado a descoberta de restos mortais, Jean-Paul Troadec, diretor do Bureau Francês de Pesquisas e Análises (BEA) declarou em outro programa radiofônico que há a quase certeza de ter-se encontrado o sítio onde se acha a maior parte da aeronave desastrada.
Até o momento não há indicação de localização das caixas pretas, posto que, se se tratar dos principais restos da carcaça do avião, há forte probabilidade de que sejam recuperadas tais registros do vôo.
Pelos estudos dos destroços descobertos até agora, o avião se teria chocado nas águas com a barriga, o que indica que a aeronave estaria intacta até o momento do impacto. Tampouco tinham sido utilizadas as máscaras de oxigênio, o que revela não estar a cabine despressurizada.
O sítio do desastre está mais ou menos a meio caminho de Brasil e África, em alto mar. Para alcançá-lo, os navios devem navegar de dois a quatro dias, quer partam do Brasil ou do Senegal. O solo marinho é bastante acidentado, com montanhas e vales submarinos.
Pelo desaparecimento no mar do avião, e não-localização de suas caixas pretas, pouco se sabia das causas do desastre. O fato de que houvesse defeito nos medidores de velocidade – o que fora detectado por transmissões automáticas do equipamento – não constituía elemento suficiente para determinar o que provocara o acidente.
A suposta descoberta da maior parte dos destroços pode trazer dados relevantes para a investigação realizada pela Juiza de Instrução Sylvie Zimmerman, que colocara formalmente sob investigação a Companhia Airbus – malgrado os protestos de seu diretor Thomas Enders – e se aprestava a fazer o mesmo com a Air France, por intermédio de seu diretor-executivo Pierre-Henri Gourgeon.
( Fonte: CNN)
segunda-feira, 4 de abril de 2011
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