sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Bolsonaro se afasta de aliados civis da primeira hora


                        

        Ao confirmar ontem as mudanças no primeiro escalão, o presidente Jair Bolsonaro fez movimento para rearrumar o governo em ano eleitoral, se distanciando de aliados civis da primeira hora, e dando ao Palácio do Planalto um perfil militarizado. E sob o argumento  de que é preciso  virar a página de crises e mostrar resultados em áreas críticas, como a social, Bolsonaro voltou a recorrer aos militares,
           De uma só vez, tirou Onyx Lorenzoni da Casa Civil e o transferiu para o Ministério da Cidadania, no lugar de Osmar Terra (que volta ao Congresso). Já o general Walter Braga Netto, hoje Chefe do Estado Maior do Exército, assumirá a Casa Civil.

          Na avaliação de Bolsonaro, os partidos vão querer nacionalizar as disputas municipais de outubro e esse embate será termômetro para as eleições de 2022, quando ele pretende tentar a reeleição. O presidente tenciona apresentar  ações em todas as áreas - e não apenas na economia - mas não pretenderia, em princípio, fazer mais mudanças no gabinete. Quanto a Sérgio Moro, depois de uns trompaços com a estrela da Lava Jato,  continua no Ministério da Justiça,  prestigiado (mantendo a acepção antiga do particípio), e, por ora, em bons termos com o Palácio do Planalto. 

               Dentre as queixas que Bolsonaro fazia aos ministros, está a atenção 'exacerbada' que Onyx dava ao Rio Grande (ele é pré-candidato ao governo gaúcho). De sua anterior onipresença, ele terá agora a missão de cuidar do Bolsa Família. E há outras "ausências" do círculo presidencial - por atritos ou tropeços no caminho - como os deputados  Luciano Bivar, presidente do PSL., Julian Lemos (PSL-PB), Joice Hasselmann (PSL-SP) e  o Senador Major Olímpio (PSL-SP).

( Fonte: O Estado de S. Paulo )


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