quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Bloomberg cresce nas pesquisas


                        
          O ex-prefeito de New York, Michael Bloomberg, após o lançamento de sua campanha em novembro último, dispendeu cerca de US$ 300 milhões em anúncios na televisão - em despesa superior àquela de todos os rivais democratas somados.
              Quatro meses depois, o bilionário cresce nas pesquisas, em quinze pontos percentuais no espaço de dois meses, ultrapassa o ex-vice Presidente Joe Biden, e por primeira vez tem vaga no debate dos democratas.
              Por um conjunto de fatores, Bloomberg já está com 19% das intenções de votos entre os democratas. Em segundo lugar, está atrás de Bernie Sanders, que tem 31%.  Essa pesquisa mostra um senhor avanço do candidato em relação à anterior, de dezembro, quando o bilionário tinha 4% das intenções de voto.
               Bloomberg, por uma série de contingências, foi forçado a seguir estratégia arriscada.  O debate de hoje, 19 de fevereiro, antecede à disputa da Super-terça, dia três de março, quando 14 estados elegerão pouco mais de um terço dos delegados do Partido Democrata, que decidirão  sobre o candidato  a ser nominated pela Convenção Nacional, em julho.
                Se o milionário passara incólume  pelas discussões entre os candidatos, agora ele entra no quente da disputa, e será alvo natural de seus concorrentes, notadamente Bernie Sanders e Elizabeth Warren, ambos da ala esquerda dos Democratas. Ao invés de tratá-lo com indiferença, os ataques de seus rivais traduzem preocupação com o seu potencial: "Bloomberg não deveria ser o democrata escolhido em razão de sua política discriminatória contra residentes de comunidades pobres, quando foi prefeito de New York" (Warren); "os americanos estão cansados de bilionários comprando eleições" (Sanders);  por sua vez, Biden atacou o seu histórico como prefeito, e Klobuchar acusou o candidato de não ser transparente. 
                    Depois do mandato como prefeito em New York (em dois mandatos), em 2005 Bloomberg  tornou-se político independente (apoiou, no entanto, a eleição de Barack Obama). Dentre os democratas, é considerado um moderado, e disputa os eleitores centristas com Biden, Buttigieg e Klobuchar.  Por isso, para que sua candidatura tenha condições, ele carece de manter-se à frente dos rivais do centro.

( Fonte: O Estado de S. Paulo)

Nenhum comentário: