sábado, 8 de fevereiro de 2020

A Lava-Jato e o Mapa de Mina


                                   

          Segundo noticia o Estadão, um mês antes da Operação Mapa da Mina, que é a 69ª fase da operação Lava Jato, o empresário Jonas Suassuna, dono do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), rompeu sociedade com Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  Pois é o que mostram documentos apreendidos pela P.F. em dez de dezembro, quando a Mapa da Mina foi deflagrada.
                Esse sítio de Atibaia seria o pivô da maior condenação imposta ao ex-presidente na Lava Jato - dezessete anos e um mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, de que Lula recorre em liberdade.
                A operação Mapa da Mina investiga supostos repasses  que teriam sido realizados pela Oi/Telemar em favor de empresas do grupo Gamecorp/Gol, controladas por Lulinha, pelos irmãos Fernando Bittar e Kalil Bittar e pelo empresário Jonas Suassuna. Sendo o M.P.F., os pagamentos da Oi/Telemar foram efetuados entre 2004 e 2016 e são superiores a R$ 132 milhões. A Procuradoria assinala que parte desses recursos foi usada para a aquisição do sítio de Atibaia.
                   O documento apreendido pela Polícia Federal revela que no fim de outubro de 2019, foi feito um distrato entre a empresa de Suassuna e a de Lulinha em uma das sociedades do grupo, que é atribuído ao filho do ex-presidente nos negócios com a OI.
                      Os proprietários formais do imóvel eram Suassuna e o empresário Fernando Bittar, mas o Tribunal Regional Federal da 4ª Região concluíu que as reformas de R$ 1 milhão da OAS e da Odebrecht para melhorias e ampliação da propriedade rural foram propinas para Lula que fazia uso do sítio. Não terá sido, portanto, por acaso que foi aplicada ao ex-presidente a maior condenação que viria a sofrer na Lava Jato, logo para esse sítio que ele alegava visitar a simples convite dos "donos" da propriedade... 

( Fonte: O Estado de S.Paulo )

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