sexta-feira, 5 de abril de 2019

O problema do desemprego na Itália


                   
        A revista Economist, que está nas bancas,  dedica artigo à questão do desemprego na Itália. Nesse contexto, a matéria também alude às diferenças na produtividade em várias regiões na Alemanha e na Itália.
         Mas há uma diferença marcante nessas distinções. Assim, a produtividade em distritos antes localizados na DDR (República Democrática Alemã) e aqueles situados na antiga Alemanha Ocidental, faz com que o distrito ocidental médio da Alemanha seja cerca de 23% mais produtivo do que aquele distrito oriental médio.

          Enquanto na Alemanha essa diferenciação tem origem política, na Itália o hiato na produtividade é marcado pela posição geográfica, eis que as regiões do Norte (Lombardia, Veneto) são mais produtivas do que as regiões do Sul (Calábria e Sicília, por exemplo), ainda que o hiato de origem política seja ainda um pouco maior, na Alemanha, se cotejadas as regiões mais afluentes da Alemanha Ocidental com aquelas menos produtivas  da antiga Alemanha Oriental (DDR).  

           Através do hodierno estreito de Messina é possível distinguir, em dia claro e sem névoa, terras da Calábria na ponta da bota continental da Itália. Nesse estreito, lá estariam os míticos desafios enfrentados por Ulisses : o monstro Scylla e o redemoinho Charybdis.

            Mitologia à parte, os problemas das diferenças regionais ainda  se mostram aos viajantes, na sua pluralidade de antigos monumentos, como em Agrigento, e em tantas outras ruínas e construções desenhadas e construídas por um passado milenar, que por circunstâncias várias se situam entre os diversos núcleos populacionais naquela grande ilha que para os viajantes e observadores constitui um livro aberto, existente ou mantido em tantos e diversos momentos históricos. Dada a situação daquela avultada ilha mediterrânea - diversidade entre passado e presente, além da sua coexistência com a trágica beleza dos vulcões, de que é exemplo o Etna - não creio seja fácil encontrar área geográfica assim tão bela e tortuosa quanto a Sicília.

( Fontes: The Economist, experiência pessoal.)

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