quarta-feira, 3 de abril de 2019

Acosso chavista a Juan Guaidó


                              
         O corajoso e carismático Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, e considerado presidente interino da Venezuela, se vê objeto de um crescente acosso chavista.
           O Tribunal Supremo de Justiça - cujo título conserva apenas a sombra de o que foi o TSJ, antes um tribunal respeitado e hoje um servil instrumento do governo de Maduro - abriu a 29 de janeiro uma "investigação" por supostamente usurpar as funções de Maduro.

           Por outro lado, em um jogo de pinças, o número dois do Chavismo, o sinistro Diosdado Cabello afirmou, ao encerrar o "debate" no Palácio Federal Legislativo, aonde funciona a Constituinte: - A lei às vezes tarda, mas neste caso vai chegar.

            Dentro da quadrilha chavista, Cabello é o verdadeiro gangster, e nesse contexto tem sido muito "apreciado" pelos medalhões do chavismo, como o atestou o máximo líder Hugo Chávez, e depois de sua morte, o confirma Nicolás Maduro.

           Nesse sinistro contexto, entende-se o dito de Guaidó: "Eles podem tentar me sequestrar". E acrescenta: "Vocês sabem como atua o regime. Isso não é nem perseguição, isso é inquisição[1]".  Nesse quadro que se enegrece, aumenta a possibilidade de que ele venha a ser detido. Sem embargo, Guaidó tem ignorado tanto a decisão da Suprema Corte, quanto a da Assembleia Constituinte, por considerá-las inconstitucionais.
              A coragem dá força aos juízos de Juan Guaidó, mas tal infelizmente não significa assegurar-lhe que a sua bravura continuará a valer-lhe no desfiladeiro que está atravessando.

               Nesse contexto, em entrevista ao jornal mexicano El Universal, Guaidó investiu contra a base legal que o Governo Maduro se tem servido para justificar sua inabilitação para ocupar cargos públicos: " O regime Maduro quer me inabilitar porque estamos em rumo para eleições livres, para uma verdadeira democracia. Maduro zomba de uma eventual solução na Venezuela."

( Fontes:  O Estado de S. Paulo,  O Globo )


[1] Guaidó quando se reporta à Inquisição, tem presente o organismo que atuou em Espanha e Portugal, na perseguição de fiéis supostamente insubmissos em termos religiosos. Daí o termo inquisição diz respeito tanto a interrogatório, quanto a uma prisão (calabouço).

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