segunda-feira, 15 de abril de 2019

Estado Islâmico e al-Qaeda no Iêmen


                              
          É sabido que tanto a pobreza quanto a ignorância favorecem o crescimento de movimentos de extrema violência, como as condições no território do  Iêmen mais uma vez tendem a comprová-lo.  Para sociedades mergulhadas na indigência e na consequente falta de recursos, parece não haver muito lugar para a construção de sociedades consensuais.
              Por isso o paupérrimo Iêmen é um terreno propício para que movimentos como o Estado Islâmico acreditem aí ter boas possibilidades de implantação, tanto pela falta de condições favoráveis de vida, e pela resultante falta de boas perspectivas de que surjam correntes contrárias ao maniqueismo e por conseguinte a eventuais reações contrárias ao ambiente opressivo e sufocante de uma sociedade dominada pelo E.I.

               Já a al-Qaeda é também lançada para o Iêmen, não só pela falta de outras válidas opções para a população lá existente, mas também para a antiga organização terrorista, em que a luta das facções no Iêmen lhe abre a perspectiva de nova base para o respectivo poder terrorista.

                 Daí as causas da luta sem quartel de E.I. e Al-Qaeda, que já morderam a poeira da derrota, ao disputar-se o espaço miserável que lhes resta para lograr se não chegar, pelo menos acercar-se de uma posição de poder. A trajetória de ambos difere, eis que não se pode comparar as posições anteriores do E.I. com relação a Al-Qaeda, dada a incrível extensão do poder do Exército Islâmico, que configurou uma real ameaça pela amplitude do respectivo poder, sobretudo em várias áreas do Meio Oriente. Quanto à al-Qaeda, são conhecidos os seus principais momentos, até que o seu principal nome, Osama ben Laden, desaparecesse na exitosa missão dos 'Seals' na Administração Barack Obama, que o retirou de reduto anônimo no Paquistão onde estava homiziado para sua sepultura no Oceano Índico. 

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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