Passadas
a incerteza e a falta de informação iniciais da pandemia, médicos relatam que o
momento na cidade de S. Paulo é de maior
segurança para tratar infectados, mas também não se pode omitir o cansaço e a
exaustão por estarem há cinco meses no combate de um surto que não se sabe
exatamente quando irá acabar.
Além
disso, o corpo médico agora tem de lidar com uma nova demanda: aquela relativa
a pacientes de outras doenças, muitos desses após adiar tratamentos e
cirurgias, e que começam ora a voltar aos hospitais.
No
começo, a sensação era de pânico mesmo. Agora, é desgaste físico,
emocional", afirma o infectologista Pedro Campana, que trabalha na UTI do
Hospital Emílio Ribas e na enfermaria do Hospital da Santa Casa de Misericórdia.
Depois do estresse e do trabalho desses primeiros meses, máxime causado
pela circunstância de enfrentar doença de que não se conhecia muito, e também
pela falta de profissionais.
Nos meses seguintes, houve a contratação de profissionais de saúde em
muitos centros de atendimento, a capital paulista montou quatro hospitais de campanha (Pacaembu, Anhembi,
Ibirapuera e Heliópolis), e o medo inicial de que não haveria leitos e
ventiladores suficientes não se concretizou. As redes pública e particular de
saúde foram pressionadas, mas não entraram em colapso. Ontem, a taxa de
ocupação dos leitos de UTI na capital - muito requisitada por pacientes graves
de Covid-19 - chegou à média geral de 57,8%, enquanto todas as regiões do
estado de S.Paulo estão abaixo dos 80% (no interior do estado, a situação não é
tão sob controle quanto na capital), e tais são índices decerto alvissareiros,
se cotejarmos com os da fase inicial da pandemia.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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