quinta-feira, 6 de agosto de 2020

A mega-explosão em Beirute

                              A  mega-explosão em Beirute

 

      O governador Marwan Abboud reconhece: mais da metade de Beirute está destruída ou danificada. Há pelo menos 135 mortos e mais de cinco mil feridos.  Nesse contexto, a cidade terá de lidar com mais trezentos mil desabrigados.

        Quanto à avaliação dos danos materiais sofridos, pode chegar a valores entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões.

          Chorando, o governador Abboud comparou a destruição àquela causa pelas explosões atômicas em Hiroshima, há 75 anos. "A situação é apoca-líptica. Beirute nunca viveu isso."

           Segundo o primeiro ministro Hassan Diab, a detonação foi causada por 2.750 tons. de nitrato de amônio, que estavam estocadas há seis anos na zona portuária "sem medidas preventivas de segurança". A substância cita-da é comumente usada como adubo fertilizante, embora possa ser emprega-da na confecção de artefatos explosivos.

              O governo libanês determinou que as autoridades do porto respon-sáveis pelas operações de armazenamento e segurança sejam colocadas em prisão domiciliar.

                Para que se tenha idéia, tal carga chegou ao Líbano em setembro de 2013, consoante informação da rede Al Jazeera. Consoante essa suspei-ta, a carga chegou ao Líbano em setembro de 2013, em navio de proprieda-de russa, que navegava da Geórgia para Moçambique. O dito navio estando avariado, as autoridades o impediram de seguir viagem, o que determinou o repatriamento dos tripulantes.

                  A despeito de pelo menos seis cartas da Alfândega à Justiça, pedindo que um destino fosse dado ao material, não houve resposta. Países como a França, RFA, Turquia, Rússia, Qatar e Irã anunciaram o envio de profissionais de saúde, assistência médica, hospitais de campanha, equipa-mentos cirúrgicos, assim como equipes de busca.

                     Dentro da cataclísmica destruição, foi destruído o principal silo de grãos do país, o que deixa o Líbano com menos de um mês de reserva de trigo.

 

(Fonte: Folha de S. Paulo )


Nenhum comentário: