A mega-explosão em Beirute
O
governador Marwan Abboud reconhece: mais da metade de Beirute está destruída ou
danificada. Há pelo menos 135 mortos e mais de cinco mil feridos. Nesse contexto, a cidade terá de lidar com
mais trezentos mil desabrigados.
Quanto
à avaliação dos danos materiais sofridos, pode chegar a valores entre US$ 3
bilhões e US$ 5 bilhões.
Chorando, o governador Abboud comparou a destruição àquela causa pelas
explosões atômicas em Hiroshima, há 75 anos. "A situação é apoca-líptica.
Beirute nunca viveu isso."
Segundo o primeiro ministro Hassan Diab, a detonação foi causada por
2.750 tons. de nitrato de amônio, que estavam estocadas há seis anos na zona
portuária "sem medidas preventivas de segurança". A substância cita-da
é comumente usada como adubo fertilizante, embora possa ser emprega-da na
confecção de artefatos explosivos.
O governo libanês determinou que as autoridades do porto respon-sáveis
pelas operações de armazenamento e segurança sejam colocadas em prisão
domiciliar.
Para que se tenha idéia, tal carga chegou ao Líbano em setembro de 2013,
consoante informação da rede Al Jazeera. Consoante essa suspei-ta, a carga
chegou ao Líbano em setembro de 2013, em navio de proprieda-de russa, que navegava
da Geórgia para Moçambique. O dito navio estando avariado, as autoridades o
impediram de seguir viagem, o que determinou o repatriamento dos tripulantes.
A despeito de pelo menos seis cartas da Alfândega à Justiça, pedindo que
um destino fosse dado ao material, não houve resposta. Países como a França,
RFA, Turquia, Rússia, Qatar e Irã anunciaram o envio de profissionais de saúde,
assistência médica, hospitais de campanha, equipa-mentos cirúrgicos, assim como
equipes de busca.
Dentro da cataclísmica destruição, foi destruído o principal silo de
grãos do país, o que deixa o Líbano com menos de um mês de reserva de trigo.
(Fonte: Folha de S. Paulo )
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