Sinais de
Descontrole
Com efeito, a falta de medida de Lula procurando inviabilizar o julgamento do mensalão levanta indagações sobre a hubris do ex-mandatário, que parece desconhecer limites quanto ao bom senso de suas intervenções.
Mesmo sem entrar em considerações éticas, já a CPI do Cachoeira desvela falta de tino político. A tentativa de instrumentalização de uma CPI não é procedimento aconselhável neste gênero de investigação parlamentar. Para uma ferramenta da política brasileira que mais recorda canhão solto em convés de velho galeão, é necessária muita presunção pensar que se possa mantê-la sob controle.
De resto, poucas são as CPIs que não viram pizza. A atual parece já bem encaminhada nesse sentido.
Por outro lado, os desastrados contatos de Lula de interferir no juízo do mensalão podem criar na alta corte ambiente oposto ao das intenções do ex-presidente. O próprio comentário do ministro decano do STF, Celso de Mello, considerando indecoroso o comportamento de Lula – e passível de impeachment se ainda estivesse no cargo – lhe sublinha o garrafal erro de apreciação.
Sinais de
Descontrole (II)
Recente iniciativa da população de um município de impedir tal crescimento foi atalhada por corte de justiça, em decisão que merece ser reavaliada. Afinal, o Povo é ou não soberano ? Quero crer que tal palavra não está sem propósito no preâmbulo e no artigo 1º da Constituição de cinco de outubro de 1988.
Tais bondades desse Congresso das quartas-feiras deveriam ser revertidas, dado o inútil dispêndio provocado por essa irresponsabilidade.
Há cabimento aumentar de nove para vinte e um o número de vereadores em Teresópolis, município que ainda sofre dos efeitos da calamidade de 2011?
Por outro lado, para uma atividade que muitos desejam gratuita, os aumentos tanto na remuneração (como o da Gaiola de Ouro no Rio de Janeiro), quanto no número de cadeiras implica em descontrole de despesa, sem qualquer contrapartida no aporte dessas câmaras para as respectivas coletividades.
O Médico
condenado pelo Conselho Tribal
Nessa corte tribal – na qual o réu não pode defender-se diretamente – o Dr. Afridi foi inculpado de empregar campanha de vacinação contra a hepatite como artifício para obter dados de DNA.
A aplicação da pena em questão lança mais luz sobre as relações entre Estados Unidos e Paquistão, a par de merecer ações e comentários contrastantes das duas partes, o que tende a fornecer ulteriores elementos sobre o atual estágio desse relacionamento.
Consoante alta fonte autorizada dos EUA, ‘nunca se pediu ao doutor espionar o Paquistão. O que lhe foi pedido foi ajudar na localização de terroristas da Al Qaida, que ameaçam o Paquistão e os Estados Unidos. Ele auxiliou na salvação de vidas paquistanesas e americanas’.
Por sua vez, de acordo com funcionários da segurança no Paquistão, sob interrogatório o Dr. Afridi admitiu ter ajudado a CIA antes do raid dos Comandos ‘Navy Seals’, que matou Osama Bin Laden, em maio de 2011. Essa operação enraiveceu os funcionários paquistaneses, que não foram dela informados previamente, e que a encararam como uma violação da soberania nacional.
Conforme as fontes locais, o Dr. Afridi teve sorte em ser julgado sob o código tribal, oriundo da época colonial.Se o tivesse sido pela legislação paquistanesa, teria sido enquadrado na pena máxima, que é a de morte.
( Fontes: Veja, O Globo, International Herald Tribune
)
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