A Posse de Putin
Contrastando
com o júbilo popular da eleição de François Hollande, a posse do Presidente
Vladimir Putin não se caracterizou por excessos de euforia de seus partidários.
Este é o terceiro mandato de Putin, desta
feita alongado para um sexênio, com a possibilidade de reeleição. Tudo indo bem
para gospodin Presidente, seriam mais
doze anos no Kremlin, com uma
extensão no poder que rivaliza com a de Josef Stalin. Se bem que os protestos contra a sua investidura não tenham a força anterior, eles prosseguiram, motivados sobretudo pela suspeitas de fraude na eleição. Assinale-se que há controle já nas candidaturas, com vistas à depuração na lista submetida ao eleitorado.
A CPI convocará Cabral
?
Segundo a Folha, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB)
procurou a cúpula de seu partido em busca de apoio para evitar que venha a ser
convocado a prestar esclarecimentos a CPI sobre suas relações com a construtora
Delta e o respectivo dono, Fernando Cavendish.
Há três governadores passíveis de serem
convocados: Marconi Perillo (GO-PSDB), Agnelo Queiroz (DF-PT) e Cabral. Dado o
comportamento dos partidos majoritários, subsistem muitas dúvidas quanto ao
papel da CPI. Por enquanto, não há elementos para assegurar da eficácia
investigativa ou não dessa Comissão. Se bem que ainda seja prematuro para emitir um parecer sobre a sua contribuição, as chances de uma enorme pizza não podem ser afastadas.
Eleições
europeias. Crise helênica.
É o que será determinado dentro em breve. Feitos os necessários ajustes, o interesse de ambos é que a diarquia na União Europeia seja mantida, preservada a na prática precedência na U.E. de suas duas maiores economias. Como alta personalidade no campo socialista francês declarou, ambas as partes precisam ceder em algo, para que o acordo sobreviva.
Na pequena Grécia, a leitura do resultado das eleições fez despencar a bolsa. Com o malogro da Nova Democracia de coser maioria – o que corresponde ao apoio de 151 deputados no Parlamento -, o Presidente Karolos Papoulias convocará Alexis Tsipras, lider da Syriza (Esquerda radical), que é a segunda bancada, e, em seguida, Evangelos Venizelos, do Pasok, para a improvável missão de constituir gabinete, com a referida sustentação parlamentar.
Terminada essa fase, com a possível rejeição do governo de união nacional – que congregaria as três forças -, a opção seria a convocação de novas eleições em junho. Como as condições na República Helênica não terão mudado, há poucas probabilidades de que haja mandato popular para viabilizar novo gabinete.
As perspectivas de que a Grécia honre os compromissos assumidos anteriormente – e que têm motivado a engenharia econômico-financeira da U.E. no sentido de evitar o temido calote grego – tendem a tornar-se cada vez mais improváveis. Junho é também a data-limite para que Atenas faça cortes adicionais de onze e meio bilhões de euros no respectivo orçamento para 2013 e 2014.
Mantidas as características atuais, as possibilidades de que o premiê Lucas Papademos – ou personalidade na mesma linha- venha a manter-se no poder, tenderão para zero. Excluídas mudanças de última hora, estaria afinal detonada a crise na Zona do Euro, com a saída da Grécia.
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