quinta-feira, 28 de junho de 2012

ACA: Vitória de Obama

                                  
        A longa espera nos proporciona ótima notícia. A principal realização do Presidente Barack H. Obama, a Lei da Assistência Custeável (ACA) foi  aprovada pela Suprema Corte, por  cinco votos a quatro. Pronunciaram-se em favor da plena constitucionalidade da lei, o presidente da Corte, John G. Roberts, Jr. e os quatros juízes da ala liberal, v.g., Ruth Bader Ginsburg, Stephen G. Breyer, Sonia Sotomayor e Elena Kagan.  A surpresa está no voto de Minerva, que foi dado pelo presidente da Corte, John G. Roberts, Jr., contrariando os prognósticos dos expertos, eis que habitualmente Roberts integra o grupo conservador.  
         A expectativa – e a esperança dos defensores da ACA – se voltava para o juiz-associado Anthony M. Kennedy que, por vezes, no passado, se dissociara da linha conservadora. Kennedy seria, portanto, o swing vote, o voto de minerva entre as duas alas que compõem a atual Suprema Corte.
         Que Roberts tenha votado pela constitucionalidade da ACA significou não só um sinal auspicioso, senão marcado por inegável simbolismo. Se a legislação da assistência sanitária custeável – um projeto de presidentes americanos desde inícios do século XX com Theodore Roosevelt – foi reconhecida como constitucional em sentença com o aval do presidente da Corte, não pode ser negado o contributo da tradição  honorífica do cargo.
        De forma surpreendente – a ACA tinha sido vista de forma desfavorável numa pesquisa, por 37% da sociedade, contra 28%, que se pronunciou pela sua constitucionalidade -  a Reforma da Assistência de Obama foi confirmada pela Corte, malgrado as previsões em contrário.
       Tal desenvolvimento implica em maiúscula vitória para o Presidente Barack Obama e o partido Democrata. A cinco meses dos comícios de novembro, Obama vê confirmada pelo crivo da Justiça a principal realização de seu primeiro mandato.
       Dada  sua importância, o próprio fato em si, com sua positiva repercussão, dispensa outros comentários, a par da constatação da derrota do Partido Republicano, que investiu  através de suas bases estaduais na via judicial para tentar desfazer a maior obra da Administração Obama.
       Esse grande tropeço do GOP poderia não ter ocorrido, se o bipartidismo oferecido por Obama tivesse sido acolhido, como o fora no passado, quando o voto conjunto dos dois  partidos contribuía para a aprovação das grandes reformas, tendo por guia o interesse do povo americano.
      Com a sua aposta no espírito de facção procuraram desvirtuar pelo depreciativo Obamacare, o que é  reforma em prol de toda a coletividade. Ao tentar demonizá-la, o GOP colhe a poeira de  derrota que é tão desnecessária, quão artificial, se não tivesse a visão toldada pelo sectarismo.  Pena que  o patriotismo e a aliança nas grandes causas pareçam saídos de moda na Terra de Tio Sam.



( Fonte subsidiária: CNN )      

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