É uma crise fabricada por um governo que se afasta dos reais objetivos da brasilidade. Não é pensável que possa considerar-se patriota quem se arvora em destruidor de suas riquezas. O editorial da Folha de hoje ainda perseguindo aparências assinala que "em lugar de Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, responsável por políticas de preservação - em realidade seu desmonte - a encenação no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foi comandada por Hamilton Mourão, vice-presidente da República à frente do Conselho da Amazônia. Se Salles não pode aparecer, o mais correto seria o presidente Jair Bolsonaro demiti-lo."
Nunca uma oposição a um governo da República se confronta com uma linha política que vai "ainda além da Taprobana, em perigos e guerras esforçados, mais do que prometia a força humana."
A citação camoniana, diante da gravidade da ameaça, é infelizmente utilizada no sentido negativo, dentro de um caminho que, felizmente, não lhe é dado percorrer habitualmente.
O general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, e à testa do Conselho da Amazônia, disse não haver o que comemorar nos 11.088 km2 de devastação. Ainda de acordo com o editorial da Folha, essa destruição "representa quase o triplo da meta no Plano Nacional de Mudança Climática (3.925km2) , e na prática, inviabilizaria compromisso que o país assumira no Acordo de Paris ".
A Folha sublinha em seu editorial que esse coeficiente de destruição é, na verdade, a "maior cifra desde 2008, a segunda com cinco dígitos sob Bolsonaro e a primeira inteira- mente em sua alçada, já que abarca o período de agosto de 2019 a julho de 2020. Não há como isentar-se de responsabilidade". Já a narrativa delirante "que nega haver destruição, atribuindo a reação doméstica e internacional a uma conspiração contra o Brasil..."
Enquanto o vice-presidente faz mesuras, Ricardo Salles, o soturno Ministro do Meio Ambiente, avança com a nefanda missão de manietar Ibama e ICMBio, que teriam meios, experiência e atribuição legal para proteger a floresta.
Pois com esses 11.088 km2 de floresta derrubada, cruza-se - como assinala o editorial da Folha - o limite inferior da margem projetada por cientistas (20% a 25%) para que o bioma entre em colapso, com "a interrupção da turbina de umidade que o sustenta e garante chuvas para a maior parte do setor agrícola".
( Fontes: Folha de S. Paulo e sentimento nacional )
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