quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

A Ilegítima eleição patrocinada por Nicolás Maduro

   A Eleição fajuta encenada pelo Ditador Maduro levou a dezesseis países da América Latina a classificá-la como "ilegítima" . Apesar da denúncia  do Brasil e mais quinze países americanos, o regime chavista encabeçado por Nicolás Maduro  pôde completar a encenação, o que representa um ulterior prejuízo para a triste pátria de Simón Bolivar. 

    O corrupto regime chavista de Maduro pôde realizar com toda a calma a gigantesca farsa que redundará em mais misérias, atropelos, torturas dessa suposta "democracia", de que a população constitui a maior sofredora.

    A democracia na Assembleia Legislativa, presidida por Juan Guaidós, foi  infelizmente uma ulterior farsa. Não basta que a Venezuela dispusesse de um órgão democrático, em que estivesse representada a vontade popular. 

     Ditaduras corruptas como a venezuelana não podem coexistir com um projeto democrático,  como a tentativa de reconhecimento pela sociedade mundial, um esquema que partiu do pressuposto de que toda a estrutura corrompida presidida por Maduro fosse levada corrente abaixo, pela simples manifestação internacional de repúdio àquele regime.

      O domínio das Forças Armadas, o controle de um "Tribunal Supremo", que está acima dos demais poderes (excetuado o próprio Maduro...) constitui a sinalização segura de que, passada a intempérie, e a falsa impressão de que o predomínio na Assembleia Legislativa será bastante para derrubar a ditadura castrense de um chavismo que será sempre o poder maior, se não forem tomadas medidas radicais contra os seus líderes e o chamado Tribunal Supremo.

     Não vejo o boçal e desonesto regime de Maduro colocado em desvantagem por situações como aquela proporcionada por Juan Guaidó, enquanto não forem mudadas as reais condi- ções na Venezuela, que ensejam a continuação indefinida  das práticas antidemocráticas do chavismo. Tampouco semelha razoável imaginar que o chavismo de Maduro seja um regime democrático. Todos esses erros  levaram com uma certeza matemática ao desmonte da pseudo-democracia venezuelana.

       Para livrar a Pátria do Libertador da atual situação vigente com as tramóias e a ìnsita desonestidade do regime chavista de Maduro, somente através de uma verdadeira revolução, em que sejam derrubados os atuais sustentáculos do ditador Maduro

      Talvez o grande erro de Guaidó terá sido imaginar que a demonstração teórica do apoio da população   à proposta democrática seria suficiente para que os corrompidos Maduro & Cia. cedessem os  próprios lugares, vencidos junto ao grande tribunal internacional.

     Quem seus inimigos poupa, nas suas mãos merece, reza uma velha máxima com vigência na America del Sur.  

     Por favor, não me compreendam mal. A fórmula de Guaidó tinha um erro insanável, i.e. o pressuposto de que o desonesto e corrupto Maduro, formado na escola de Chávez,  aceitaria as condições de uma espécie de voto de desconfiança da comunidade internacional. Maduro e sua quadrilha não aceitariam outras "regras" do que a respectiva eliminação política, em que a violência se limitasse ao desarmamento de suas forças, e a criação de condições excepcionais de forma a que a influência perniciosa do chavismo pudesse  ser controlada estritamente.

       Guaidó - se alguma vez teve força para tanto - não poderia esquecer a máxima de quem seus inimigos poupa, nas suas mãos há de perecer.  Esse fim da "democracia chavista" na Venezuela - fim que desejo como necessário - não vai acontecer por acaso, e o fracasso das forças democráticas tenderá a ser inelutável no curto período se  Guaidó & Cia. partirem do pressuposto  de que o ditador Maduro vá se dobrar a um conjunto de fatores políticos que lhe assegure a respectiva permanência no tabuleiro do poder na Venezuela.

         Maduro é um caudilho e não um democrata. Partir da premissa de que é mais um político na terra de Bolivar é condenar a Venezuela ao presente desgoverno e à triste falta de perspectivas em termos de real abertura democrática para esse Povo sofrido. 

          Trata-se de um erro  acrescido por falta de um mínimo de visão política.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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