"Queridos amigos! Depois de uma longa batalha contra um câncer, enfim descansei! Não haverá velório e serei cremada. Obrigada pelo carinho e pelas orações. Um beijo. Amém!"
O texto em primeira pessoa surpreendeu amigos. que nem sabiam que Leila estava doente.
Foi ela mesma quem ditou as palavras de seu post de despedida, publicado em sua página no Facebook no mesmo dia em que morreu, a dez de novembro.
Leila Moura Richers, carioca, era uma mulher prática e decidida, mas também de uma grande delicadeza e notável senso de humor. Seria a sua beleza que faria com que ela se tornasse modelo ainda na adolescência, posando para editoriais de moda de revistas como "Desfile". Não tardou a chamar a atenção do presidente do grupo editorial, Adolpho Bloch, que a convidou para apresentar um noticiário na então nascente TV Manchete.
Ambiciosa e disposta a ser muito mais do que um belo rosto, Leila não vacilou: cursou jornalismo na UFRJ, graduando-se em 1986. Em 1987, já era âncora e editora de política do "Jornal da Manchete- Segunda Edição", posto que ocupou por sete anos. Na mesma tele-emis- sora, ainda apresentou reportagens especiais no "Programa de Domingo" e comandou progra- ma de variedades "Ela e Ele", ao lado de Luis Carlos Miele.
Em 1993, foi para Curitiba, para ser âncora do "Jornal da CNT". Ali ficou até 1998, tendo após passagens pela extinta TVE e pela Multi-Rio, orgão de comunicação da prefeitura do Rio. Leila nunca participou das Organizações Globo, apesar de haver sido sondada para o Fantástico. Lela recusou o convite, eis que preferia a adrenalina dos tele-jornais diários. Sem embargo, a cúpula da Globo achava que era bonita demais, e que iria "distrair" o espectador do Jornal Nacional.
Nos últimos anos, Leila Richers tinha seu próprio canal no YouTube, onde postou entrevistas até um mês antes de morrer. Ela também enfrentaria um câncer do fígado, que se espalhou por outros órgãos.
Ela deixa os filhos Guilherme e Daniel, havidos com seu marido Ronaldo Richers, e a neta Maria Fernanda. Nesse contexto, ressalta igualmente que Leila Moura Richers (1955- 2020) foi uma das presenças mais luminosas e brilhantes da TV brasileira.
(Fonte: Folha de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário