O jornal O Globo noticia que a rede pública do Rio já está em colapso, com o crescimento dos casos de Covid. Dada a superlotação dos hospitais e a consequente falta de leitos de UTI - que é o atalho no tratamento para os casos mais graves - sobe o número de mortes em casa, que refletem o déficit no atendimento disponível pela falta de vagas - o que para tais incidências equivale a um preanúncio de morte.
Esse cruel diagnóstico é dado pelo grupo de estudos da pandemia da Fiocruz, o Monitora Covid-19. Segundo a referida equipe, a preocupação vai mais além da eventual carência de leitos salvadores de UTI: com efeito, as unidades de atenção básica também não conseguem oferecer tratamento de doenças crônicas, como diabetes, o que numa progressão cruel leva a aumento do número de óbitos por outras causas. Nesse contexto, a proporção de falecimentos em casa chegou a 14,5% em 1° de dezembro; a média em 2019 foi de 13%. Na rede privada, o indice de ocupação de UTIs é de 98%.
Segundo especialistas, a capacidade do sistema de saúde piorou em comparação com o pico da pandemia, embora o número de casos não esteja no mesmo patamar. Nesse sentido, o comitê científico da Prefeitura carioca sugeriu novas medidas de isolamento social, como o fechamento de escolas e das praias, e o escalonamento dos horários de comércio, bares e restaurantes.
Há uma aparente falta de comunicação com a população, que muita vez parece desligada da gravidade do problema, surgindo assim praias da Zona Sul - como Ipanema, v.g. - com um público em número e disposição espacial que discrepam das mais comezinhas regras de distanciamento social. Não há avisos nem bandeiras vermelhas da autoridade municipal. É uma combinação estranha, como se a autoridade ignorasse que as praias repletas são sinal de sofrimento futuro e da próxima presença de Tanatos para os ignaros jovens, como já foi o caso v.g. na Espanha e na Itália, no último verão do setentrião.
( Fontes: O Globo e noticiário da imprensa.)
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