Com a vitória de Bruno Covas e a respectiva reeleição, a despeito do brilho da atuação do Prefeito, observadores políticos paulistanos têm enfatizado eventuais resistências em São Paulo contra João Dória, e para tanto ter-se-á presente , a avaliação da Folha sobre as perspectivas enquanto candidato nacional dos obstáculos existentes às pretensões de Doria.
Neste contexto, esse coro grego tanto da Folha, quanto das eventuais repercussões de sua atuação, deve-se ter presente alguns fatos importantes, que também merecem ser considerados.
O valor da eventual candidatura presidencial de João Doria tem sido assiduamente reforçado pela postura do Presidente Jair Bolsonaro, que não perde ocasião de mesmo a contrariu sensu enfatizar o peso da ameaça enquanto competidor ao Planalto que para o atual primeiro Magistrado da República vem representando na prática como seu oponente natural o governador paulistano.
Nessas condições, quer se queira, quer não, pesa na balança popular o antagonismo natural que é atribuído pelo atual morador do Palácio da Alvorada ao seu rival paulistano. Tal característica assoma tão amiúde no horizonte político - e por iniciativa do próprio Presidente na implícita rivalidade política - que tal reconhecimento natural já de certa indiscutível maneira faz parte da bagagem do rival paulista, eis que o seu valor como ameaça já dispõe de saída do implícito reconhecimento de quem o avalia como o real adversário.
Essa atenção com que o atual Presidente da República, por assim dizer, distingue a sua relação com o governador Doria. Ser apontado como adversário do Presidente já me parece o bastante para caracterizá-lo como a sua nêmesis. Nesse sentido, essa linguagem da valorização a contrario sensu implícito, que está presente no comportamento presidencial, tem a importância de varrer avaliações como a conferida pelo artigo da Folha desta segunda-feira, quando atribui a Doria frágil identidade nacional...
Que frágil identidade nacional é esta que faz por merecer um comportamento oposto da primeira Autoridade da República em termos de atenção e relevo ? Se Doria se afigure tão desimportante assim, como explicar a atitude que assume quase que como reflexo o seu principal adversário ?
( Fontes: Folha de S, Paulo. Estado de S. Paulo )
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