domingo, 4 de dezembro de 2011

O Campeonato Brasileiro de 2011

                            
         Infelizmente, a diferença básica entre Corinthians e  Vasco da Gama foi determinada pelo comportamento dos juízes. Em postagem de 7 de novembro “Gols invalidados e pênaltis não marcados” já me referira ao ‘problema’ enfrentado pelo Vasco neste campeonato, que ora melancolicamente termina.
         Foi dada ao Sr. Péricles Bassols a oportunidade de recuperar-se na partida decisiva do campeonato. Como ele se tinha havido mal em jogos anteriores, é bastante estranho que se confie tal responsabilidade a um árbitro de desempenho errático.
        Pois o Sr. Bassols não iria contrariar a expectativa. A sua atuação não foi apenas medíocre. Além de não controlar os jogadores – Renato do Flamengo chegou a agredi-lo e, por isso fez por merecer duplamente a sua expulsão – o sr. Bassols influíu de forma determinante no resultado do jogo.
       Não marcou um pênalti manifesto – o mesmo Renato puxara dentro da área a camisa de Diego Souza, mas Sua Senhoria não viu nada – e validou o gol do empate do Flamengo, que saiu de David em posição de impedimento.
      Se no segundo tempo o Vasco caíu, talvez pelo cansaço, na armadilha do Flamengo, e partiu descoordenadamente para o ataque, abrindo demasiados espaços na defesa, no primeiro o CRVG foi o time bem arrumado de Ricardo Gomes e de Cristóvão Borges.
      O que choca neste campeonato é a diferença na atitude dos árbitros não só em relação ao Vasco – como adiantara em mais de uma nota o time da colina foi prejudicado mais de uma vez por arbitragens bastante contrárias – mas também no que tange ao Corinthians. Enquanto perdemos pontos preciosos por gols anulados e pênaltis não marcados (como hoje, por exemplo), o Corinthians se valia de erros em seu favor. E a partida de hoje, no Pacaembu, teve a expulsão de Valdivia e um gol anulado ! Esse favorecimento fora até registrado em caderno esportivo de um jornal paulista, como tive a oportunidade de assinalar.
     O campeonato brasileiro – de que se noticia a reforma com o aumento do número de equipes, e talvez a modificação do sistema de pontos corridos – na verdade carece de outras reformas. Melhorar e moralizar o quadro de árbitros, de modo a que as partidas sejam decididas pelos times mais bem preparados. Ganhar no campo sem interferências abusivas que só servem para deturpar o resultado.
     Vamos dar um basta a essa baderna, em que os critérios de arbitragem variam segundo as equipes.
      O Presidente Roberto Dinamite deveria ser mais vocal e afirmativo na defesa do fair play, da lealdade e do respeito aos jogadores e às equipes. Por outro lado, o campeonato brasileiro é demasiado importante e precisa ter um quadro de juízes à sua altura, tanto no aspecto técnico, quanto na isenção e na imparcialidade.
      O que valhe para um, deve valer para todos. Basta de favoritismos.

       

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