domingo, 25 de outubro de 2020

Amazônia - policiamento coordenado é indispensável para a repressão ao crime organizado.

Se os grandes números impressionam,também a repressão ao crime organizado. Há uma colossal exigência para cortar a desenvoltura do crime organizado no chamado Inferno Verde, que pelo seu desguarnecimento se transforma para as massas de ilegais em uma espécie de aberto paraíso sem-fronteiras. Conforme se verifica pelo exito das operações, há um óbvio "clamor silencioso", para que se efetivem - e de forma regular e não assintomática e descontínua - a repressão sem peias - mas dentro da Lei, com vistas a fazer com que brilhe o gládio da Legalidade e da preservação da Amazônia,e não como terra do crime e de renegados, e sim como o futuro verde do Norte Brasileiro, transformado em espaço útil e produtivo, fonte de impostos e tributos legais. No momento, não há uma diferença qualitativa - exceto, é logico, nas fímbrias urbanas que aparecem nos enormes espaços verdes que dão a tônica visual. Em outras palavras o que a Hillea do Barão Alexander von Humboldt (1769-1859) terá significado para o filósofo e cientista alemão, já se conhece pelos seus registros sobre a Amazônia, imensa região então portentosa pela força da imensa planície verde que, soberana, se estendia no espaço amazônico. Se surpreende o feito do cientista germânico, ao explorar no sentido geográfico, a descomunal planície e a sua conformação, também surpreenderá que, dispondo das vigias dos satélites a Amazônia persista em uma terra que continua - com a estridente exceção da atenção crescente que essa grande região, talvez a maior herança colhida do destemido explorador luso, que se lhe dominou o mistério e os segredos da pluralidade amazônica, não poderia ter empolgado o desafio desse Inferno Verde - que hoje, como ontem, clama para o gigante Brasil continuar a deter no seu topo esse imenso desafio à nossa civilização (no sentido - é lógico - daquele fornecido pelo repto civilizacional, que no exemplo de Arnold Toynbee, deveria nortear a filosofia do governo do Brasil. Na coluna de Miriam Leitão se levanta a ponta desse imenso lençol que permite o encadeamento das operações criminosas, e que não deveria constituir um processo sem regularidade, sem método e sem continuidade, como costuma acontecer no presente. Devemos preservar a Amazônia ? O Sim da resposta não poderia ser mais enfático e estentórico. Não se pode deixar aos sobressaltos do acaso as operações de Estado voltadas para preservar tanto esse imenso Espaço Verde, mas também para ensejar o controle dessa imensa planície florestal. A Amazônia não mais pode constituir uma espécie de gigantesca res nullius, um espaço florestal da selva que só parece ser penetrável pelo crime organizado, como no recente episódio da Reserva Biológica de Maicuro, entre os municípios de Santarém e Itaituba, que motivou operação de nove a treze de outubro. Em local - a que o nosso exército foi pelo ar, dadas as condições havidas como totalmente inóspitas e de dificil acesso. E lá, pela oportuna presença do poder estatal - que é o grande ausente no Inferno Verde - a ação conjunta da Força Aérea, Polícia Federal e o próprio Ibama. Através dessa missão, com a presença da Polícia Federal e do Ibama foi possível destruir quinze motores estacionários de garimpo. Para que a presença do Estado seja mais efetiva e atuante, os satélites não devem ser encarados como brinquedos de um jogo assistemático de esconde- esconde. O Estado não mantém fortunas na sua manutenção por um capricho. É necessário desenvolver uma nova política não só de exploração, mas também de efetiva presença dos olhos e da realidade física de um Estado que não pode permitir que o crime organizado se locuplete com as riquezas da Amazônia - eis que elas pertencem à Pátria brasileira abandonar ao crime organizado o privilégio de sua zelosa presença por essas incontáveis léguas, eis que elas não surgiram do nada, mas pelo braço forte dos exploradores e dos indômitos representantes do Estado, como Bento Teixeira, que podiam assustar aos representantes dos vizinhos espanhóis, mas que pela sua coragem e força não encontravam barreiras - nem sequer diante dos servidores de el-Rey de Espanha. A Amazônia não conforma por acaso a nossa geografia. Devemos, no entanto, ter sempre presente que tanto a Amazônia, como tantas outras extensões que hoje podem suscitar a cobiça do estrangeiro, não aparecem por acaso no impávido desenho do gigante Brasil na América do Sul. E será tendo essa sagrada missão bem presente, que devemos ter um Ministério do Meio Ambiente que defenda os nossos rios, as nossas regiões naturais, os seus inúmeros fenômenos da vegetação, da floricultura e dos congresos animais, de que os espécimes devem ser preservados, em se criando condições - não através de "queimadas" e de incêndios dolosos florestais, como tudo leva a crer se tentara implementar no Pantanal e na propria Amazônia, nessa pouco santa aliança de um Poder Estatal que tropeça na implementação do braço duro da Lei que deve punir os incendiários de nossas florestas e de outras formações vegetais que devem ser preservadas, porque abrigam espécies animais de que nos orgulhamos, e a que devemos respeito - respeito esse que começa pela autoridade que não ignora os próprios deveres, nem busca por escusas que não escondem uma fraqueza inadmissível,em se tratando de representantes do Estado. Os nossos antepassados nos honram pela coragem indômita que demonstraram na capacidade de manter e preservar espaços territoriais, que na época excitavam a cobiça de nações mais poderosas em forças - além da audácia a da hombridade que demonstravam para quem, porventura, quisesse pô-las em dúvida. Não foi decerto por acaso que o traço de nossas fronteiras é engrandecido pela grande hiléa amazônica, explorada e admirada por grandes amazônidas. Recebemos de gerações desconhecidas que nos antecederam a dádiva única que a Hiléia constitui. Não é por acaso que sustentamos esse grande desafio do torrão amazônico, que é a base de nosso empenho climático, e um enorme espaço que nos incumbe magnificar não pelas queimadas e pelas incontáveis agressões a esse dito Inferno Verde, que na verdade não é por acaso que ele informa as cores do pavilhão nacional. No tempo dos satélites e da alta tecnologia, não permitamos que maus brasileiros desvirtuem os ideais de nossos antepassados, e que se esqueça o sangue que foi vertido por heróis, conhecidos ou não, para que a brasílica terra se estenda do Oiapoque ao Chuí, e que cada torrão seja preservado pela gente que não deve olvidar que se o Brasil - Colônia, Império ou República - é um gigante, ele o é pela própria Natureza, e assim devemos agir, para que jamais se apequene o que já nasceu grande, e como tal se comporta no respeito generoso da Lei e da Ordem, nesse grande concerto de Nações, de que constituímos país que não só é soberano, mas que age como tal, no respeito da Lei e da Paz de nosso mundo, vasto mundo, digno representante de um Povo que não só é grande, mas que age como tal, no livre concerto da América do Sul. e das riquezas minerais e botânicas do chamado Inferno Verde Fontes: O Globo, artigo de Miriam Leitão, Brockhaus (dic. enciclopédico)

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