Joe Biden confirma a fama de bom
debatedor. Ao contrário do apático Barack
Obama no primeiro encontro com Mitt
Romney, o vice-presidente tomou a iniciativa na discussão com o deputado Paul Ryan.
Nessa
oportunidade, ele se comportaria como alguém que não refuga tomar a iniciativa,
questionando muitas das colocações do companheiro de chapa de Mitt Romney. Quando Ryan censurou a Administração por alegadas falhas na segurança da missão diplomática na Líbia, Biden o recordaria de haver votado pelo corte de trezentos milhões de dólares na dotação respectiva para o Departamento de Estado.
Com postura pró-ativa, o vice-presidente chegou, por mais de uma vez, a interromper o republicano, na linha de mantê-lo sempre na defensiva. Nesse contexto, retomando tópicos que a estranha passividade presidencial havia deixado passar, Joe Biden se reportou aos famosos 47% que Romney considerara vítimas no campo democrata.
Também nessa linha agressiva, Biden recordou a baixa contribuição, em termos de pagamento de imposto de renda, do candidato do GOP se comparada com a respectiva fortuna.
Concluído o debate, a parte do público havida como neutra considerou que Joe Biden tinha sido o ganhador.
Como se sabe, são quatro os debates previstos, três reservados aos cabeças de chapa e um apenas para os seus segundos. Se este é considerado como secundário, sem a relevância dos demais, no caso em tela, intervindo após o fiasco de Obama no Colorado, a performance do vice-presidente serviu de contraponto ao anterior. Desse modo, o tarimbado Joe Biden pôde dar aos eleitores várias precisões omitidas pelo fraco desempenho do presidente.
É de esperar-se que o presidente dê mais atenção às duas oportunidades que faltam, ao invés da anterior passividade, em que, na prática, o presidente cedera ao antagonista a vantagem até então duramente conquistada na campanha.
Autor de romances ambientados na China rural, com laivos de realismo mágico – o que leva a comparações com García Marquez – Mo, pouco conhecido no Ocidente, é havido como ´chapa branca´ e, nesse sentido, ativistas chineses contestaram-lhe a indicação.
Como se sabe, a outorga do Nobel ao promotor da Carta 08 desencadeara brutal reação na RPC, com a condenação, por delito de opinião, de Liu à longa sentença em masmorra interiorana (a par da virtual prisão domiciliar da esposa). Como compete à Noruega a responsabilidade pelo Nobel da Paz de 2010, a poderosa China tudo fez para constranger politicamente o pequeno país escandinavo.
Ao ensejo, a organização ´Chinese Human Rights Defenders´ (Defensores dos Direitos Humanos na China) reiterou o pedido de libertação de Liu Xiaobo. Não é necessário ser grande conhecedor do comportamento oficial de Beijing para prever que o pétreo silêncio será a resposta do governo chinês.
Começa, por outro lado, o jogo das alianças, com o apoio de Chalita (PMDB) a Haddad, enquanto Serra recebe o aval de Paulinho da Força (PDT), de Soninha (PPS) e do PTB.
Será muito provavelmente a propaganda eleitoral obrigatória – que é paritária no segundo turno – e os diversos debates televisivos que ensejarão aos dois candidatos (o novato Haddad, que sai na frente, e o experiente Serra) confirmarem ou não para a votação decisiva o balizamento inicial do eleitorado paulistano.
( Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo)
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