segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Notícias diretíssimo do Front

Troca de Gentilezas

        O recém-reeleito Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes,  ao preparar-se para exercer o novo mandato - com votação recorde no país - fez uma gentileza ao seu protetor político, o Governador Sergio Cabral (também PMDB) e  surpresa pouco agradável aos seus munícipes.
         Comecemos pela novidade desagradável. Com inusitada desenvoltura, Paes já recuou de  suposta promessa de campanha.  Dentre as apresentadas, em seu enorme tempo de propaganda eleitoral obrigatória (fruto de uma costurada grande aliança, que deixou os demais concorrentes à mingua de tempo), o prefeito dissera que não mexeria nos níveis de cobrança do IPTU.
         Pois agora, sem sequer esperar o início do novo mandato, Eduardo Paes já repensou o prometido, anunciando que haverá mudanças. Como definir esse tipo de ´promessa´ que só vale até a eleição ?  Seja como for, esta atitude é uma falta de respeito com o eleitor.
         Passemos à gentileza.  Paes sugere à presidente Dilma Rousseff que escolha Sérgio Cabral como seu companheiro de chapa em 2014. No caso, se ejetaria Michel Temer, também PMDB, mas de São Paulo, e se escolheria ao invés, o seu protetor (que lhe assegurou a vitória sobre Fernando Gabeira em 2008) para Vice de D. Dilma ! Não é comovente a gratidão de Eduardo Paes ?

Suspeitas sobre o Irã em ataque cibernético


      Há pouco tempo, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, em intervenção junto ao Congresso americano, falara sobre os perigos da guerra cibernética, ao recomendar se adotassem providências legais para aumentar a proteção atual dos sistemas de computação.
     Não faz muito, os Estados Unidos e Israel cooperaram em alegada incursão nessa área, quando introduziram um worm no sistema iraniano relacionado com o presente esforço nuclear daquele país. Dessarte, o stuxnet,  uma criação de especialistas israelo-americanos teria provocado importantes danos para a tentativa de Teerã vista por Washington e Tel-Aviv (assim como pela própria IAEA) voltada para a nuclearização bélica do Irã.
    Agora, as suspicácias de ataques cibernéticos  que visaram á companhia saudita de petróleo ARAMCO recaem sobre suposta origem iraniana.  Por força do ataque referido acima Teerã criara em 2011 repartição militar especializada nesse tipo de atividade. Posto que os danos infligidos pela incursão foram considerados modestos, dado o antagonismo entre a sunita Arábia Saudita e o Irã xiita, Teerã seria o suspeito da vez.
     Sem embargo, a capacidade objetiva da divisão cibernética iraniana é bem inferior àquela dos hackers russos e chineses, que são considerados pelo Ocidente como capazes de causar muito maior dano, o que de resto já é confirmado pela habilidade desses novos ´guerreiros´ do éter em furtar, entre outras coisas, dados cibernéticos das centrais públicas e privadas do Ocidente.

O Aumento da Negatividade na Campanha Americana


     Ambos os lados - e talvez mais os democratas de Obama - deploram o incremento do caráter negativo na publicidade da campanha para as próximas eleições.
      No entanto, a prática tem indicado que republicanos e democratas são useiros e vezeiros no emprego de tal recurso. Já na guerra das primárias - que se cingira ao GOP, porque Obama não sofreu contestação para a nomination - a luta foi feia, como assinalado nos anúncios contra, v.g., Newt Gingrich e o próprio Mitt Romney.
     Agora, quando faltam cerca de quatro semanas para os comícios de terça, seis de novembro, os anúncios televisivos têm viés assaz negativo, e tal não se circunscreve apenas ao grande embate presidencial, mas se estende às campanhas eleitorais para o Senado e a Câmara de Representantes. Muito contribuíu para tanto a sentença da Suprema Corte Citizens United, na qual a maioria conservadora logrou subverter grande parte do progresso preexistente no sentido de controlar a influência do dinheiro anônimo no processo eletivo.
     Por intermédio das chamadas Super - PACs, o poder econômico e financeiro ora dispõe de oportunidade única de subverter a isonomia nas eleições, que fora laboriosa conquista alcançada pela legislação parlamentar. Entra-se em 2012 em um regime de vale-tudo (as contribuições são anônimas e, portanto, podem visar a quem quer que seja, sem qualquer controle sobre a veracidade da imputação).
    Por causa não só da notória Bain Capital, Romney tem recebido inúmeros ataques de fonte democrática. Também o desafiante republicano se defende de sofrer ataque de propor uma irresponsável redução nos impostos federais de cinco trilhões de dólares. A falsidade seria relativa, porque na realidade o corte seria de apenas quatro trilhões e oitocentos bilhões de dólares, conforme foi proposto por Mitt.
   Ainda nessa área, Obama ataca Romney de terceirizar para o ultramar (v.g. para a China) os empregos dos americanos. No entender igualmente do democrata, Romney pagaria poucos impostos, através de seus depósitos nas Ilhas Caymã e na Suiça.

Campeonato Brasileiro - Venturas e desventuras cariocas

    Segundo noticia  O Globo, em função do enfraquecimento da equipe, o Vasco da Gama voltou a perder, agora para o Santos sem Neymar. Despede-se, assim, do G-4 (onde miraculosamente se mantinha, malgrado a perda de valores) e cai para quinto no campeonato brasileiro. Tomo a liberdade, no capítulo, de citar o respeitado colunista Fernando Calazans, que conclui o seu tópico de hoje "A dúvida das ausências" com a seguinte observação: "Não sei o que mais prejudicou o Vasco, se a ausência de Juninho Pernambucano, a ausência de Dedé, a ausência de bons atacantes ou a ausência de salários" .
   Por sua vez, o Fluminense, montado em um bom técnico, um bom plantel, e os bons recursos da Unimed, continua na sua exitosa campanha. Se, também de acordo com Fernando Calazans, " o jogo do Fluminense (contra a Ponte Preta) teve  lances que já deram e que ainda darão o que falar, até por influirem no resultado" ,  permito-me acrescentar que a deusa Fortuna costuma acompanhar quem a faz por merecer, e a campanha do Fluminense me parece prova disto.


(Fontes: Folha de S. Paulo, O Globo, International Herald Tribune)

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