segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Onda de Direita


                    

       É como define o primeiro turno eleitoral de ontem, sete de outubro, a Folha de S. Paulo de hoje, marcado sobretudo  pelos 46% de Jair Bolsonaro (PSC) contra os 30% de Fernando Haddad (PT)
       No entanto, essa onda não foi suficiente para alcançar os 50 % que dariam a vitória a Bolsonaro.   Antes do final das apurações, Bolsonaro tocara os 48%, mas com a entrada dos estados do Nordeste e do Norte, o total do candidato do PSC, em termos de percentual geral, baixou dois pontos.
      Como assinala a Folha, se a onda de direita  impulsionada pelo capitão reformado do Exército, nos últimos dias não foi suficiente para que Bolsonaro finalizasse o pleito já nesse domingo, ensejou a que vários candidatos a cargos majoritários e ao Legislativo, associados ao seu  nome, tivessem desempenho superior ao projetado.
       Haddad passa assim para o segundo turno amparado mormente pelos votos do Nordeste, região onde continua forte a influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é o mentor de Haddad, e que está preso em Curitiba. Próceres do PT, da ala esquerda, como a ex-presidente Dilma Rousseff e Eduardo Suplicy foram ontem rejeitados pelas urnas.
         Ciro Gomes (PDT) que pensara  valer-se como alternativa ao bolsonarismo e ao petismo, ficou em terceiro lugar, com 12,5%.
           A partir daqui começa um festival de horrores, em termos de marcantes malogros. Seguem Geraldo Alckmin, com 4,8%, que consoante a Folha personifica a crise do partido, o PSDB, que vencera ou estivera no segundo turno de todas as campanhas presidenciais  a partir de 1994, e agora termina em um melancólico quarto lugar.
            A débacle no estamento político, atinge com Marina Silva (Rede) - terceira colocada nos pleitos de 2010 e 2014 (deste último havendo sido afastada de uma eventual e muito possível vitória por turva manobra do imperante PT) - foi ao naufrágio nos redemoinhos de Caribdes, a ponto de registrar um patético um por cento, integrando dessarte o grupelho dos nanicos, com  João Amoedo (2,6%), Cabo Daciolo (1,3%) e Henrique Meirelles (1,2%).

( Fonte: Folha de S. Paulo )    


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