As urnas se abrem amanhã em cenário de
relativa incerteza quanto aos eventuais vencedores. Bolsonaro é o que tem a
dianteira no primeiro turno e, por conseguinte, a possibilidade de passar para
o segundo turno. Ele pode até ganhar no primeiro turno, mas o mais provável é
que enfrente em segundo turno Haddad - a quem venceria; e as zebras
Ciro - que ganharia do capitão, e Alckmin, que passaria de seu total no
1º turno de 9% , e venceria no segundo Bolsonaro com 43 a 42.
Segundo o Datafolha, portanto, Bolsonaro poderia passar para o segundo turno,
mas isto não lhe garante a vitória no segundo turno.
Por outro lado, Marina
é a mais experiente entre os candidatos para o segundo turno, e, sem embargo,
por questões até agora não elucidadas continua no limbo, com muito baixos índices de
aprovação. O mais interessante é que começou bem, mas a sua curva de aprovação
caíu bastante.
Sem embargo, et pour cause, a sua
presença no debate desta semana da Rede Globo recebeu uma atenção deferente de
alguns candidatos que a convidaram para responder a uma
questão sua (do próprio candidato). Na oportunidade, verificou-se uma vez mais
a sua capacidade, articulação e conhecimento objetivo nas várias questões que
foram levantadas não por ela, mas por candidatos na mesma liça que a respeitam e
admiram.
Por isso, Marina constituíu uma
reiterada surpresa em porquê a sua candidatura em meio a tantos candidatos terá de repente despencado na escala das
preferências, surpresa essa que não impede a colegas seus de relevo (e em
várias faixas sérias da disputa) tenham optado por chamá-la a intervir no
debate, em um óbvio crédito de confiança a alguém tarimbado na política, e com
lata compreensão dos principais problemas sub judice. E quem assistia à referida disputa ter-se-á
dado conta que os seus muitos colegas no debate da Rede Globo tinham ideia
bastante firme e segura quanto à capacidade da candidata Marina, tanto em
situar os problemas, quanto em debater-lhes a eventual solução. E não seria
demasiado conjeturar que outros elementos com situação muito superior na atual
disputa presidencial estariam longe de enfocar as questões e de dar-lhes visão sinótica com a segurança e a precisão da candidata Marina, se fossem
eventualmente comparados com a fundadora da Rede.
Por fim, cabe mencionar outro
comportamento - que difere deveras daquele da candidata Marina - que
foi citado hoje, em primeira página, pela Folha
de S. Paulo, e que se reporta ao irrequieto candidato ao governo paulista, João Doria : "Geraldo Alckmin
(PSDB), com 9%, enfrentou fuga de aliados e passou por constrangimentos com o
candidato ao governo paulista. Sem se engajar de fato na campanha presidencial
do colega de partido, Doria aguarda a
definição do segundo turno para declarar apoio a Bolsonaro."
(
Fonte: Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo )
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