Vladimir Putin, em
entrevista, declarou que o Exército Islâmico fez cerca de setecentos reféns em
regiões da Síria controladas por forças apoiadas pelos EUA.
Para o presidente russo, os jihadistas
ameaçam executar dez pessoas por dia - o que já estaria sendo cumprido. Ainda de acordo com Putin, o E.I. está
expandindo o controle territorial na margem esquerda do Eufrates, região
controlada por forças apoiadas pelos Estados Unidos.
Consoante Putin: "Eles deram um
ultimato, fizeram exigências específicas e advertiram que, se elas não forem
cumpridas, executarão dez pessoas por dia".
Ainda de acordo com o presidente
russo, os jihadistas tinham executado dez reféns na terça-feira. Ainda segundo
Putin "todos estão calados, como se não estivesse ocorrendo nada".
Consoante a TASS, os militantes do chamado Estado Islâmico tomaram reféns na
província de Deir es-Zor, após
atacarem campo de refugiados em área controlada por forças apoiados pelos EUA.
Em Washington, o Pentágono adota
linha de informação diversa daquela do presidente russo. "Apesar de confirmarmos que houve ataque
contra um campo perto de Deir es-Zor, na semana passada, não temos informações
que confirmem o grande número de reféns ao qual o Presidente Putin se reporta,
e estamos céticos com relação à sua veracidade", disse Sean Robertson,
porta-voz do Pentágono. "Tampouco dispomos de informação de que havia
algum americano nesse campo."
Há perguntas, no entanto, que
carecem de ser respondidas. Como se encontra no Iraque, o Exército Islâmico ?
Há apenas bolsões isolados, ou essa facção, valendo-se da desordem iraquiana e
da falta de maior apoio dos E.U.A. estaria aos poucos revertendo a situação
anterior, e recuperando terreno?
Outro aspecto interessante diz
respeito à Raqqa, a cidade siria que tinha virado capital do E.I. e de
onde o "califa" al-baghdadi, do E.I. discursara do balcão de sua
mesquita. As recentes palavras do Presidente Putin dizem que a Rússia deu um golpe
"colossal" nos terroristas na Síria e "também mudou de forma
radical a situação interna graças à intervenção no país".
Segundo é possível presumir do
noticiário, o chamado Exército Islâmico,
cuja derrota fora declarada pelo Iraque e as forças estadunidenses, ainda mantém
remanescentes na região em torno de Raqqa.
Apesar de "expulso"
dessa cidade, ele continua aterrorizando os seus moradores, não obstante Raqqa haja sido conquistada há um ano por combatentes
curdos e árabes das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), com o apoio da
coalizão internacional liderada por Washington. Dentro dessa mesma linguagem ambígua, esse
grupo - que já infestara boa parte do Oriente Próximo - agora mantém controle
em algumas partes da Província de Der es-Zor, de onde monta incursões para
tentar retomar antigos redutos.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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