Quem está puxando esse cordão é bem conhecido, mas não será por isso que ele prevalecerá. Desfile militar cerca do Congresso manda a mensagem errada para o Povo brasileiro. Pois não é hora de ressuscitar a velhos fantasmas para tentar dar uma marcha à ré na política e na expressão da vontade nacional.
Diante da votação hoje em plenário da proposta do voto impresso, saída após o revés sofrido em comissão na Câmara, só partira na sexta-feira do Presidente e do Ministério da Defesa, após tal derrota, na tentativa de ressuscitar nos seus extremos, uma má proposta.
Nesse contexto, a decisão tomada por Arthur Lira (PP-AL), o chefe do Velho Centrão, de levar o voto impresso ao plenário não agradou a deputados que só enxergam desgaste com o prolongamento desse debate e a eventual votação do tema. Afinal, como assinala em coluna o Estadão, está o Planalto, com seus tanques e sua "milícia digital", e de outro lado parte considerável da Opinião Pública e a maioria dos presidentes dos grandes partidos, que já manifestaram discordância com o retrocesso no sistema de votação.
Como frisa oportunamente tal grupo de opinião, que é majoritário, Lira deveria ter respeitado o veto da Comissão Especial e poupado a Câmara. Pois no caso em tela, consoante assinala o artigo, muitos terão de escolher a quem desagradar, Dentro desse raciocínio, os descontentes querem que o presidente da Câmara proteja a Casa dos ataques bolsonaristas se o Planalto for derrotado.
Dentro desse contexto, e diante do desgaste já contratado, um grupo de partidos avalia obstruir a votação do voto impresso, enquanto busca outra solução para o problema...
(Fonte: O Estado de S. Paulo
Soluções erradas, feitas em um clima distorcido, só tendem a agravar problemas. Não será através de um retrocesso que se há de limpar a área
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