Que não se façam ilusões aqueles que contam com a reentrada anacrônica do voto impresso, que ressoaria sob a suposta pressão do presidente Jair Bolsonaro. Como assinala o Estadão, em sua edição hodierna, o voto impresso sofreu ontem, quinta feira, cinco de agosto, sua primeira grande derrota no Congresso.
Com efeito, o relatório do deputado Felipe Barros (PSL/PR), que defende a volta da contagem manual do resultado das eleições, foi rejeitado por 23 votos a um...O cerco a Bolsonaro, ao invés, continua aumentando. O presidente do Supremo, Luiz Fux, em discurso firme, anuncia o cancelamento da reunião entre os chefes dos três Poderes, que ocorreria nos próximos dias. Moderado, o presidente Fux usou linguagem firme que mostra o quanto pesaram os ataques e insultos a integrantes do Supremo de parte do Planalto, com as sólitas ameaças (ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso, e ao ministro do STF, Alexandre de Moraes).
Nesse contexto, Bolsonaro foi além e, em entrevista a uma rádio - como sinaliza ainda o Estado de S.Paulo - assevera que " a hora de Moraes vai chegar".
Por falar em hora, deve-se ter presente que mesmo sem pensar nos movimentos que possa eventualmente desencadear - que pouco ou nada teriam a ver com as suas confusas idéias - as próprias palavras poderiam ter o benéfico efeito contrário de mostrar o quão ruinosas podem ser tais tolices e sinalizar, outrossim, que o episódio em tela pode fazer relembrar a imortal descrição de Cervantes no que tange à quixotesca e célebre investida de seu anti-herói contra os prosaicos moinhos de vento ...
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
Fontes: O Estado de S. Paulo e "Don Quijote de la Mancha", de Miguel de Cervantes
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